Thaís Fontenele
Escrevo poesia, porque de nada o mundo tá cheio e eu apenas ressignifico os nadas.
Parnaíba, Piauí
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Desatino
Estou faminto
O ventre entorpecido
O corpo em polpa pura e fina
Nesse fruto de regozijo
Na rosa de leite os encontros
No tecido o rigor dos corpos
No travesseiro o algodão
Entre o pulso
O suspense e o movimento
No desfalecer das pernas
A curva do desatino
O paladar doce como as rosas do meio dia
Longo é o movimento
E lento os lábios cedendo
O meu falar ameno
Onde tem rompante
Pele seca
Onde tem desatino
Tem lábio lendo
Se lendo.
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