Segredo
A saudade invadiu o escondido, onde os olhos penetram marejados.
A mão que percorre sozinha o corpo, calejada se esvai.
A mente que traz na lembrança a doçura do beijo tentador. O mel escorre no fel da boca.
O vinho do sangue derramado nas curvas, estala na língua atraente. Perdeu-se no último suspiro, no ar que respira ofegante no ouvido, suave, descrente.
Lateja nas entranhas, o gozo irracional, no suor do crepúsculo, que goteja ao anoitecer. A carne que desliza nos dedos, na firmeza do toque, no que prende, repreende, repuxa.
Nos cabelos emaranhados, na saliva obscena, afogada na angústia.
No ímpeto que viaja, embriagada. Sufoca!
No pensamento que maltrata.
No calor da tua sombra, no brilho do olhar insano, lascivo dentro do que preenche.
No arrepio que cai na pele perspicaz.
No que acompanha cada detalhe, nos sentidos que aguçam o pecado engasgado no mistério.
No que faz derramar sagazmente, na chuva inóspita dentro de mim.
Naquilo que a fraqueza não apaga. E novamente o beijo! Ah! O beijo que enclausura alheiamente. Sem querer, forçadamente!
E toma, me tomas, nos tomamos! E na língua se proclama o veneno que alimenta, desnuda, sobrevive!
No sal que mata a sede. No silêncio que declara. E no que retrai, traz vida, incansavelmente!
A mão que percorre sozinha o corpo, calejada se esvai.
A mente que traz na lembrança a doçura do beijo tentador. O mel escorre no fel da boca.
O vinho do sangue derramado nas curvas, estala na língua atraente. Perdeu-se no último suspiro, no ar que respira ofegante no ouvido, suave, descrente.
Lateja nas entranhas, o gozo irracional, no suor do crepúsculo, que goteja ao anoitecer. A carne que desliza nos dedos, na firmeza do toque, no que prende, repreende, repuxa.
Nos cabelos emaranhados, na saliva obscena, afogada na angústia.
No ímpeto que viaja, embriagada. Sufoca!
No pensamento que maltrata.
No calor da tua sombra, no brilho do olhar insano, lascivo dentro do que preenche.
No arrepio que cai na pele perspicaz.
No que acompanha cada detalhe, nos sentidos que aguçam o pecado engasgado no mistério.
No que faz derramar sagazmente, na chuva inóspita dentro de mim.
Naquilo que a fraqueza não apaga. E novamente o beijo! Ah! O beijo que enclausura alheiamente. Sem querer, forçadamente!
E toma, me tomas, nos tomamos! E na língua se proclama o veneno que alimenta, desnuda, sobrevive!
No sal que mata a sede. No silêncio que declara. E no que retrai, traz vida, incansavelmente!
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