Nilza_Azzi
Eu me lembro todo dia de um amor de salvação, mas esqueço o que queria e as lembranças lá se vão... Nilza Azzi
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Às margens do Paraíba do Sul
Nas tardes sem tempero, descansava,
enquanto um livro lhe tomava as mãos.
Na sombra, a negra debulhava as favas,
dormia ao lado, um gato comilão.
A samambaia, os ramos despencava.
Era de metro, a alcançar o chão.
A um canto do terraço, havia a clava,
jogada lá, inútil era, então.
Há muito a plantação já se esgotara
e os tempos do café, pelas encostas,
não eram mais do que lembranças vagas.
Sem meios de fugir à sua saga,
seguia presa à terra descomposta,
Senhora do sertão e piraquara.
Nilza Azzi
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