gabrielperalta217

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Ás vezes escrevo um pouco

1997-07-15 Canoas
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Confissão de uma alma fria

Não me surpreendo com esse cansaço matinal
Nem com o frio que me invade os pulmões nas noites frias
Não espero nada diferente do normal
Não rezo por um milagre em minha vida

Não me surpreende o vazio dessa existência
Nem o vão entre cada palavra
O desgosto invade cada experiência
O desafeto está às margens da estrada

O vento canta com as decepções do dia a dia
Sonhos se perdem no emaranhado da minha agonia

Lá estava eu destinado a grandeza
Indo de encontro a felicidade
Mas escolhi os dias amargos
Escolhi o fardo implacável
Escolhi o peso da eternidade

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