Gostava a mulher das rosas assim
Gostava a mulher das rosas assim e dos dias despidos,
Mirando eternamente o céu novo da manhã.
Admirando perpetuamente as rosas assim,
sozinhas sendo rosas.
A mulher é ágil e vil, a verdadeira mensageira da força.
Gosta a mulher da hostilidade de seu peito,
e crê que no fundo do baú de onde mora,
(ninguém sabe onde mora, padece sempre migrando)
caem os mais belos e fermosos retratos.
Retratos de quem ela quiser, de quem ela tocar.
Sobe a mulher a indomável montanha: vai colhê-las
Trepa.
Olha em frente, porque é o chão que a caminha,
e o seu nariz que a respira.
Ela só as colhe,
e colhê-las-á.
Dorme a dançar. Ousadia natural percorre
carne ínfima.
É ela a rainha do seu tempo.
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