Manuel Bandeira

Manuel Bandeira

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.

1886-04-19 Recife, Pernambuco, Brasil
1968-10-13 Rio de Janeiro, Brasil
1933576
64
1777

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,.
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
— Eu faço versos como quem morre.

Teresópolis, 1912
47143
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Rubens Andrade
genial, como tudo que ele escrevia...
26/setembro/2024
lemos
fala sobre oq exatamente?
19/novembro/2023
Renato
Achei meio merda
16/setembro/2021
José
É porque você não entende de poesia
26/março/2022
Carmen
Esse poema me acompanha há mais de 50 anos. Amo
29/junho/2021

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