Luís Amaro
poeta, editor, bibliófilo e investigador português
1923-05-05 Aljustrel
2018-08-24 Lisboa
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Intermédio
Alguém que se ignora
Passeia a sua mágua
Lá pela noite fora.
Já sem saber se existe,
Entre silêncio e treva,
Nem alegre nem triste,
Alguém que a própria sorte
Enjeita, vai absorto
Num sonho que é a morte
E é vida — sendo morto.
(In Antologia de Poetas Alentejanos,
de Orlando Neves)
Passeia a sua mágua
Lá pela noite fora.
Já sem saber se existe,
Entre silêncio e treva,
Nem alegre nem triste,
Alguém que a própria sorte
Enjeita, vai absorto
Num sonho que é a morte
E é vida — sendo morto.
(In Antologia de Poetas Alentejanos,
de Orlando Neves)
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