José Armelim

1915-03-06 Itajubá
2004-09-22 Itajubá
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Testamento

Um dia quando morrer (agora não)
Quero que me toquem guitarra.
Quero dizer: Qualquer coisa como variação.
Quero que chore a guitarra, mas com garra!

Venham senhoras e venham senhores!
Depois, por favor, façam-me um bem:
Que um a um deponha flores,
Na campa da minha mãe.

Essas flores que são dela,
Eu já não lhas poderei dar,
Pois já lá estarei com ela.

E a guitarra será fado.
O fado que hei-de cantar,
Lá longe do outro lado!

(... e assim foi!)

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