Emílio de Menezes
Emílio Nunes Correia de Meneses foi um jornalista e poeta parnasiano brasileiro, imortal da Academia Brasileira de Letras e mestre dos sonetos satíricos. Para Glauco Mattoso, o poeta paranaense é o principal poeta satírico brasileiro após Gregório de Matos.
1866-07-04 Curitiba PR
1918-06-06 Rio de Janeiro
19732
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Na Glorificação de Bilac
Como é bom elogiar quando nasce o elogio
De um entusiasmo assim, de uma emoção sincera:
Corre sobre o papel a tinta como um rio
A correr na caudal que o declive acelera!
Os vocábulos vêm espontâneos a fio,
Como os sorrisos sãos que um são deleite gera!
Rebenta o aplauso em nos, vigoroso e sadio
Como rebenta a flor em plena primavera!
Eis porque sou feliz em ver glorificado
Fora da inveja hostil, do despeito perverso
O prosador querido, o poeta muito amado!
..............................................
Da arte, no sangue real tens o teu estro imerso
Porém, não basta, Mestre! um simples principado
— A quem é rei, na prosa e imperador no verso!
De um entusiasmo assim, de uma emoção sincera:
Corre sobre o papel a tinta como um rio
A correr na caudal que o declive acelera!
Os vocábulos vêm espontâneos a fio,
Como os sorrisos sãos que um são deleite gera!
Rebenta o aplauso em nos, vigoroso e sadio
Como rebenta a flor em plena primavera!
Eis porque sou feliz em ver glorificado
Fora da inveja hostil, do despeito perverso
O prosador querido, o poeta muito amado!
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Da arte, no sangue real tens o teu estro imerso
Porém, não basta, Mestre! um simples principado
— A quem é rei, na prosa e imperador no verso!
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