Prateleiras ao Chão
Fora !
Rejeição total às tradições seculares,
às arcaicas convenções,
aos preconceitos e barreiras ...
Fora !
Abaixo o maniqueísmo de almanaque
que sacraliza o bem e exorciza o mal
como se ambos não fossem
a um só tempo,
faces distintas de moeda única,
inseparáveis,
porque sem valor se apartadas...
Fora !
Abaixo com esta vida de concessões
de pedir licença para ser feliz;
abaixo com este medo de ousar
aventuras de risco em alto mar;
abaixo com o terror sob os lençóis em chamas,
abaixo com o dizer sim
se a vontade soberana impele a vomitar o não...
Fora !
Abaixo com esta economia de sentimentos,
esta poupança no amar;
abaixo com este viver acovardado
atrás das lombadas dos códigos
e constrangido por leis humanas
que aprisionam e amordaçam...
Fora !
Abaixo com o falar baixo ou o não falar,
abaixo com esta vida de eterna sede,
abaixo com a míope vista de não enxergar o mar,
abaixo com a manca perna que não permite sair do lugar...
Fora !
Abaixo com a excessiva gentileza
e com a inesgotável paz;
abaixo com as mentirosas eternas certezas...
Fora !
Abaixo com a valorização das doenças,
a dependência, o servilismo,
abaixo com este vil baixismo...
Sopra além do peito,
além do coração,
além da alma,
maravilhosa lufada de ar bendito
que concebe e faz nascer a liberdade
como única conquista a conquistar...
Rejeição total às tradições seculares,
às arcaicas convenções,
aos preconceitos e barreiras ...
Fora !
Abaixo o maniqueísmo de almanaque
que sacraliza o bem e exorciza o mal
como se ambos não fossem
a um só tempo,
faces distintas de moeda única,
inseparáveis,
porque sem valor se apartadas...
Fora !
Abaixo com esta vida de concessões
de pedir licença para ser feliz;
abaixo com este medo de ousar
aventuras de risco em alto mar;
abaixo com o terror sob os lençóis em chamas,
abaixo com o dizer sim
se a vontade soberana impele a vomitar o não...
Fora !
Abaixo com esta economia de sentimentos,
esta poupança no amar;
abaixo com este viver acovardado
atrás das lombadas dos códigos
e constrangido por leis humanas
que aprisionam e amordaçam...
Fora !
Abaixo com o falar baixo ou o não falar,
abaixo com esta vida de eterna sede,
abaixo com a míope vista de não enxergar o mar,
abaixo com a manca perna que não permite sair do lugar...
Fora !
Abaixo com a excessiva gentileza
e com a inesgotável paz;
abaixo com as mentirosas eternas certezas...
Fora !
Abaixo com a valorização das doenças,
a dependência, o servilismo,
abaixo com este vil baixismo...
Sopra além do peito,
além do coração,
além da alma,
maravilhosa lufada de ar bendito
que concebe e faz nascer a liberdade
como única conquista a conquistar...
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