Alvo

Companheiro,
vem beber a branca espuma
desse mar de carneiro que me toca

e colher as coisas transitivas
que ora viajam para o meu espírito

Vem ser o obreiro-irmão da cidade azul
onde bordaremos puros capitéis

e aprender os discursos de meu timbre
acertando o alvo de alvas direções

Vem abrir comigo este pombal
sentir o que do traço das asas subsiste

a envolver-nos nos fios desta tarde
em que a Paz se oferece como pão.

in Intuições da Tarde / José Olympio Editora.

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