A Dama de Luto
Entre as musas e ao som das liras, na negrura
Das vestes retratando a dor a que está presa,
Sob o teto feliz da glória e da beleza,
Encontrei, linda e grave, essa nobre figura...
Em seu lábio o ouro vibra e, olente, a voz fulgura,
E sua alma, em clarões espirituais acesa,
Põe, como halos de sombra, auréolas de tristeza
A cabeça pagã da imortal formosura.
Dela, que o agro pesar consola a quem a aviste,
—Fora do mundo, além da vida, sob a Terra,
Na escura paz da morte o bem mais alto existe.
E porque eu meço o horror de suas mágoas, — erra
O meu vulto espectral de cavaleiro triste,
Nas paisagens cristãs que o seu olhar encerra.
Das vestes retratando a dor a que está presa,
Sob o teto feliz da glória e da beleza,
Encontrei, linda e grave, essa nobre figura...
Em seu lábio o ouro vibra e, olente, a voz fulgura,
E sua alma, em clarões espirituais acesa,
Põe, como halos de sombra, auréolas de tristeza
A cabeça pagã da imortal formosura.
Dela, que o agro pesar consola a quem a aviste,
—Fora do mundo, além da vida, sob a Terra,
Na escura paz da morte o bem mais alto existe.
E porque eu meço o horror de suas mágoas, — erra
O meu vulto espectral de cavaleiro triste,
Nas paisagens cristãs que o seu olhar encerra.
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