En Hedu'anna
Enheduana também transliterado como Enheduana, En-hedu-ana, e suas variantes foi uma poeta e filósofa suméria, filha do rei Sargão da Acádia. Foi eleita alta sacerdotisa do deus lunar Nana na cidade suméria de Ur. Seu nome é composto pelas palavras "en", que significa "alta sacerdotisa"; a palavra "heduana" é um epíteto poético para a Lua, mas que também pode se referir ao deus Anu ou à deusa Inana. Considerada a primeira escritora do mundo com textos atribuídos à sua autoria.
Acádia (Mesopotâmia)
2251ac
2155
0
2
Alguns Poemas
Biografia
Videos
Livros
A princesa, sacerdotisa e poeta acádia En Hedu'anna é o mais antigo autor no mundo que conhecemos por nome, autora dos belos Hinos a Innana, há mais de 4.000 anos. "En" dá-nos sua denominação como sacerdotisa, "Hedu" significa "adorno" ou "beleza", o que poderia ser compreendido como "sacerdotisa das belezas de Nanna", a deusa da lua entre os sumérios. Seu nome sobrevive porque, assim como Catulo, Arnaut Daniel ou François Villon milênios depois, ela própria era personagem de seus hinos, mencionando-se por nome. Viveu em Ur, uma das mais antigas e primeiras cidades-estado no mundo. Filha do rei Sargão da Acádia e da rainha Tashlultum, escreveu os Hinos Templários Sumérios, considerados uma das primeiras tentativas de sistematização teológica, e de poemas devocionais à deusa Nanna. Durante o reinado de seu irmão, rei Rimush, envolveu-se em turbulências políticas e acabou expulsa da cidade, relatando os acontecimentos e seu retorno à posição de sacerdotisa algum tempo depois no poema "Exaltação a Innana". Selos com seu nome e cópias de seus textos datadas de séculos depois de sua morte foram encontrados tanto na Tumba Imperial de Ur como escavadas em cidades-estado vizinhas, como Nippur, demonstrando a importância de sua obra para os sumérios. Os hinos abaixo foram vertidos a partir de suas traduções para o inglês.
É nossa matriarca. E irmã de Safo, e da princesa Wallâda bint al-Mustakfî, e das trobairitz – como Beatriz de Diá e Azalaïs de Porcairagues, e de Gwerful Merchain, e de Emily Dickinson, e de Else Lasker-Schüler, e de Henriqueta Lisboa, e de Maria Ângela Alvim. E precursora de todos os homens e mulheres que lançam, cinzelam e marcam palavras na pedra, na cerâmica, no papel ou na tela digital.
--- Ricardo Domeneck