Em Louvor do Silêncio
Em louvor
do silencio
Lembro os peixes mudos percorrendo o sono
Um fruto que cai grave
No corpo da terra
Lembro o aroma das glicínias
O murmúrio dos mortos povoando as casas
Os versos obscuros onde habita a delicadeza do amor.
É nos estilhaços do mundo
Que o indizível se escreve
Invade as folhas, as mãos pousadas na orla do mar.