Gonçalves de Magalhães

Gonçalves de Magalhães

Domingos José GONÇALVES DE MAGALHÃES, primeiro e único barão e visconde do Araguaia, foi um médico, professor, diplomata, político, poeta e ensaísta brasileiro, tendo participado de missões ...

1811-08-13 Rio de Janeiro, Brasil
1882-07-10 Roma, Itália
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Prémios e Movimentos

Romantismo

Alguns Poemas

Canto Quarto

(...)

Um ai do peito a mísera soltando,
A maviosa voz destarte exala:

"Só, eis-me aqui no cimo da montanha,
Dos meus abandonada; como um tronco
Despido, inútil no alto da colina,
A que os ramos quebrou Tupã co'a frecha.

"Só, eis-me aqui, do velho pai ausente,
Ausente do querido bem-amado,
Como viúva, solitária rola
Em deserto areal seu mal carpindo!

"Ainda hoje o caro pai vi a meu lado;
Ainda hoje o amante eu vi!... Fugiram ambos,
Velozes como os cervos da floresta:
Já fui feliz; mas hoje desgraçada!"

E os ecos responderam — desgraçada!

"Desgraçada!... E ainda vivo? Antes à guerra
O pai e o bravo amante acompanhasse;
Ouvindo sua voz, seu rosto vendo,
Acabar a seu lado melhor fora."

E os ecos responderam — melhor fora!

"Gênios, que as grotas povoais e os vales,
Gênios, que repetis os meus acentos,
Ide, e do amado murmurai no ouvido
Que a amante sua de saudades morre."

E os ecos responderam — morre... morre!

Morre... morre! soou por longo tempo.
O canto cala um pouco a triste moça,
Murmurando dos ecos o estribilho,
Como se algum presságio concebesse.
Os negros olhos de chorar cansados
Co'as mãos ele os enxuga; mas de novo
Desses doridos olhos as estanques
Lágrimas brotam, que lhe o peito aljofram,
Como goteja em bagas abundantes
Da fendida taboca a pura linfa.

(...)

"Sim, morrerei..."
E mais dizer não pôde;
Em meio de um gemido a voz faltou-lhe.
Os lábios lhe tremiam convulsivos,
Como flores batidas pelos ventos.
Cruza os braços no colo, os olhos cerra,
Pende a fronte, e no peito o queixo apóia,
As derretidas perlas entornando:
Tal num jardim a pálida açucena,
De matutino orvalho o cálix cheio,
Se o zéfiro a bafeja, a fronte inclina,
Puros cristais em lágrimas vertendo.
Não sei se dorme, ou se respira ainda;
Mas parece entre pedras bela estátua,
Que do abandono o desalento exprime!
O sol, que ao ressurgir a viu chorosa,
Nesse mesmo lugar chorosa a deixa.

(...)

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Publicado no livro A Confederação dos Tamoios: poema (1856).

In: GRANDES poetas românticos do Brasil. Pref. e notas biogr. Antônio Soares Amora. Org. rev. e notas Frederico José da Silva Ramos. São Paulo: LEP, 1949

NOTA: Poema composto de 10 canto

Napoleão em Waterloo

Tout na manqué que quand tout avait
réussi.
Napoleão em S. Helena (memorial).

Eis aqui o lugar onde eclipsou-se
O Meteoro fatal às régias frontes!
E nessa hora em que a glória se obumbrava,
Além o Sol em trevas se envolvia!
Rubro estava o horizonte, e a terra rubra!
Dous astros ao ocaso caminhavam;
Tocado ao seu zenite haviam ambos;
Ambos iguais no brilho; ambos na queda
Tão grandes como em horas de triunfo!

Waterloo! ... Waterloo! ... Lição sublime
Este nome revela à Humanidade!
Um Oceano de pó, de fogo, e fumo
Aqui varreu o exército invencível,
Como a explosão outrora do Vesúvio
Até seus tetos inundou Pompéia.

O pastor que apascenta seu rebanho;
O corvo que sangüíneo pasto busca,
Sobre o leão de granito esvoaçando;
O eco da floresta, e o peregrino
Que indagador visita estes lugares:
Waterloo! ... Waterloo! ... dizendo, passam.

Aqui morreram de Marengo os bravos!
Entretanto esse Herói de mil batalhas,
Que o destino dos Reis nas mãos continha;
Esse Herói, que coa ponta de seu gládio
No mapa das Nações traçava as raias,
Entre seus Marechais, ordens ditava!
O hálito inflamado de seu peito
Sufocava as falanges inimigas,
E a coragem nas suas acendia.

Sim, aqui stava o Gênio das vitórias,
Medindo o campo com seus olhos de águia!
O infernal retintim do embate de armas,
Os trovões dos canhões que ribombavam,

O sibilo das balas que gemiam.
O horror, a confusão, gritos, suspiros,
Eram como uma orquestra a seus ouvidos!
Nada o turbava! — Abóbadas de balas,
Pelo inimigo aos centos disparadas,
A seus pés se curvavam respeitosas,
Quais submissos leões; e nem ousando
Tocá-lo, ao seu ginete os pés lambiam.

Oh! por que não venceu? — Fácil lhe fora!
Foi destino, ou traição? — Águia sublime
Que devassava o céu com vôo altivo
Desde as margens do Sena até ao Nilo!
Assombrando as Nações coas largas asas,
Por que se nivelou aqui cos homens?

Oh! por que não venceu? — O Anjo da glória
O hino da vitória ouviu três vezes;
E três vezes bradou: — É cedo ainda!
A espada lhe gemia na bainha,
E inquieto relinchava o audaz ginete,
Que soía escutar o horror da guerra,
E o fumo respirar de mil bombardas.
Na pugna os esquadrões se encarniçavam;
Roncavam pelos ares os pelouros;
Mil vermelhos fuzis se emaranhavam;
Encruzadas espadas, e as baionetas,
E as lanças faiscavam retinindo,
Ele só impassível como a rocha,
Ou de ferro fundido estátua eqüestre,
Que invisível poder mágico anima,
Via seus batalhões cair feridos,
Como muros de bronze, por cem raios;
E no céu seu destino decifrava.

Pela última vez coa espada em punho,
Rutilante na pugna se arremessa;
Seu braço é tempestade, a espada é raio!...
Mas invencível mão lhe toca o peito!
É a mão do Senhor! barreira ingente;
Basta, guerreiro, Tua glória é minha;
Tua força em mim stá. Tens completado
Tua augusta missão. — És homem; — pára.
Eram poucos, é certo; mas que importa?

Que importa que Grouchy, surdo às trombetas,
Surdo aos trovões da guerra que bradavam:
Grouchy, Grouchy, a nós, eia, ligeiro;
O teu Imperador aqui te aguarda.
Ah! não deixes teus bravos companheiros
Contra a enchente lutar, que mal vencida
Uma após outra em turbilhões se eleva,
Como vagas do Oceano encapelado,
Que furibundas se alçam, lutam, batem
Contra o penedo, e como em pó recuam,
E de novo no pleito se arremessam.

Eram poucos, é certo; e contra os poucos
Armadas as Nações aqui pugnavam!
Mas esses poucos vencedores foram
Em Iena, em Montmirail, em Austerlitz.
Ante eles o Tabor, e os Alpes curvos
Viram passar as águias vencedoras!
E o Reno, e o Manzanar, e o Adige, e o Eufrates
Embalde à sua marcha se opuseram.

Eram os poucos que jamais vencidos
Os dias seus contavam por batalhas,
E de cãs se cobriram nos combates;
O sol do Egito ardente assoberbaram,
A peste em jafa, a sede nos desertos,
A fome, e os gelos dos Moscóvios campos;
Poucos que se não rendem; — mas que morrem!

Oh! que para vencer bastantes eram!
A terra em vão contra eles pleiteara,
Se Deus, que os via, não dissesse: Basta.

Dia fatal, de opróbrio aos vencedores!
Vergonha eterna à geração que insulta
O Leão que magnânimo se entrega.

Ei-lo sentado em cima do rochedo,
Ouvindo o eco fúnebre das ondas,
Que murmuram seu cântico de morte:
Braços cruzados sobre o largo peito,
Qual náufrago escapado da tormenta,
Que as vagas sobre o escolho rejeitaram;
Ou qual marmórea estátua sobre um túmulo.
Que grande idéia ocupa, e turbilhona
Naquela alma tão grande como o mundo?

Ele vê esses Reis, que levantara
Da linha de seus bravos, o traírem.
Ao longe mil pigmeus rivais divisa,
Que mutilam sua obra gigantesca;
Como do Macedônio outrora o Império
Entre si repartiram vis escravos.
Então um riso de ira, e de despeito
Lhe salpica o semblante de piedade.

O grito ainda inocente de seu filho
Soa em seu coração, e de seus olhos
A lágrima primeira se desliza.
E de tantas coroas que ajuntara
Para dotar seu filho, só lhe resta
Esse Nome, que o mundo inteiro sabe!

Ah! tudo ele perdeu! a esposa, o filho,
A pátria, o mundo, e seus fiéis soldados.
Mas firme era sua alma como o mármor,
Onde o raio batia, e recuava!

Jamais, jamais mortal subiu tão alto!
Ele foi o primeiro sobre a terra.
Só, ele brilha sobranceiro a tudo,
Como sobre a coluna de Vendôme
Sua estátua de bronze ao céu se eleva.
Acima dele Deus, — Deus tão-somente!

Da Liberdade foi o mensageiro.
Sua espada, cometa dos tiranos,
Foi o sol, que guiou a Humanidade.
Nós um bem lhe devemos, que gozamos;
E a geração futura agradecida:
NAPOLEÃO, dirá, cheia de assombro.

Entr'ato

(...)

"No Brasil, como sabes, qualquer zote
Um formado doutor se conceitua;
Quem pra trolha nasceu, ou pro rabote
Não creias que consulte a sorte sua;
Toda a baixa gentalha deste lote
Em política ao menos se insinua.
O vadio, o pedante, o mentecapto
Pra os públicos empregos julga-se apto.

"Não é com má tenção qu'isto te digo,
Mas sim porqu'ad reum o caso o pede,
Tu mesmo terás dito lá contigo
Que o pedantismo no Brasil tem sede:
Quem tem um Governante por amigo
Alcança tudo que deseja, e pede,
Não se gradua o mérito e a virtude,
Pra escravo, e adulador basta que estude.

"Há muito qu'este mal nos assolapa
E tem feito o Brasil andar à-toa;
Toma um alvar de patriota a capa,
E defensor da Pátria se apregoa.
Dos patriotas é tão grande o mapa
Quanto o dos asnos, qu'ela galardoa;
Quem talentos não tem, nem tem ofício
Um emprego requer em sacrifício

"Era o tempo da nossa Independência
Em que certa Família dominava,
E, como hoje se faz, por influência
D'algum patrono, tudo se alcançava.
Do nosso Herói não foi baldada a agência,
E como patriota se inculcava
Alegando ser Jovem Fluminense,
Pôde um lugar obter de Amanuense.

(...)

"Mas coitado! uma idéia o afligia,
Era o seu mau estado monetário;
Nada tinha de seu; e ele bem via
Que tudo no Brasil era precário.
Seu lugar d'um Ministro dependia;
Sendo tudo interino e arbitrário,
Tudo cair podia num instante,
Quanto mais ele, mísero pedante!

(...)


Publicado no livro Episódio da Infernal Comédia ou Da Minha Viagem ao Inferno (1836).

In: GRANDES poetas românticos do Brasil. Pref. e notas biogr. Antônio Soares Amora. Org. rev. e notas Frederico José da Silva Ramos. São Paulo: LEP, 194

Apólogo: O Carro e o Burro

Um touro, não amestrado
No exercício de carreiro,
Num falso passo que deu
Pôs o carro no lameiro.

Conhecendo esse embaraço,
Procurou sair de modo,
Que ao menos salvasse a vida,
Visto o carro estar no lodo.

Alguns animais, passando
No desastroso lugar,
Tentaram, mas não puderam
Do charco o carro tirar.

Até que um burro já velho,
Cheio de louca vaidade,
Cuidou ser esse o momento
De ganhar celebridade.

— A que vás lá? — Disse um desses
Que pastavam por aí:
Deixa vir quem disso entenda;
Que isso não é para ti. —

"Tu falas antes de tempo;
Disse o burro ao que o arguia:
Vou mostrar-te o quanto posso;
Muito alcança quem porfia."

Vejam só o que é ser burro
Por instinto e natureza!
Não mediu as suas forças,
Nem viu do carro a grandeza.

Zurrando, e dando patadas,
Foi meter-se no atoleiro;
Entre os varais colocou-se,
E o pescoço pôs no apeiro.

Mas para fazer tais cousas
Foi necessário agachar-se;
Atolou-se até o ventre
Quando tentou levantar-se.

Como o terreno era fofo,
Tendo já mil voltas dado,
Tentou safar-se do jugo,
E o carro deitou de lado.

O pobre burro entre as varas
Virou de pernas para o ar;
Todo de lama coberto
Começou a espernear.

Isto aos burros acontece,
Que se esquecem do que são
E se não por nós responda
A geral opinião.

Quantos o carro do Estado
Querem guiar mui lampeiros,
E por trancos e barrancos,
Dão com ele em atoleiros?


Publicado no livro Poesias Avulsas (1864). Poema integrante da série Livro Segundo: Poesias Várias.

In: GRANDES poetas românticos do Brasil. Pref. e notas biogr. Antônio Soares Amora. Org. rev. e notas Frederico José da Silva Ramos. São Paulo: LEP, 194

Canto Primeiro

"(...) quero primeiro
Que em torno destas pedras assentados
Me contes se em combate, ou de que modo
O bravo Comorim perdeu a vida."

"Ai! exclama o Cacique, nenhum homem
Morreu ainda por mais nobre causa!
Era meu filho!... E como morreria
Senão lutando tão audaz guerreiro!

"Apenas há três sóis que uns Emboabas,
Dos que talvez na Bertioga habitam,
Naquela praia embaixo apareceram.
Comorim e Iguaçu também andavam
Nesse dia fatal por lá caçando.
Quem podia prever um mal tão grande?
Enquanto num momento, não cuidoso,
Pelo bosque meu filho se entranhara,
Após um caititu que lhe fugia,
Sua irmã, que aqui vês, linda e garbosa,
Que vence o saixé na gentileza,
E excede o sabiá no meigo canto,
Cantando andava só toda entretida
A colher uns ingás pela restinga.
(...)
Aqueles maus a viram, tão sozinha,
E assim que a viram, cobiçando-a logo,
Quiseram agarrá-la. Ela, gritando,
Coitada, como a rola perseguida,
No mato se internou. Após correram,
Cercando-a, quais jaguaras esfaimadas;
Mas ela, pelo irmão chamando sempre,
Rompendo as bastas, enleadas ramas,
Mais ligeira do que eles lhes fugia.
Um mais audaz já quase a segurava,
Quando o meu Comorim aparecendo,
Já com o arco entesado, e a flecha no alvo,
Com pronta morte atravessou-lhe o peito.
Outro, que vinha após, co'o braço alçado
Para lhe disparar troante bala,
Varado o braço, ali caiu bramando.
Era a última flecha; e já meu filho
Daquele inútil braço ia arrancá-la,
E mandá-la de novo a outro ousado,
Que vira mais além por entre os ramos,
Que dous por detrás o aferraram,
E seus punhais nas costas lhe embeberam.
Comorim, mesmo assim preso e ferido,
Curvou-se um pouco, e súbito saltando,
O corpo sacudiu, e os rijos braços,
E por terra atirou os dois contrários:
Como ligeiro e forte era meu filho!
E agarrando-os depois pelos cabelos,
Deu co'a cabeça de um contra a do outro,
Que batendo quebraram-se estalando,
Como estalam batendo as sapucaias!
Nenhum mais se mostrou, os mais fugiram.
Entretanto Iguaçu vinha gritando,
Até que ao longe viu alguns Tamoios,
Que a seus gritos pungentes acudiram,
E sabendo do caso, sem demora
Seguindo-a, foram dar pronto socorro
Ao seu valente irmão. Porém, oh mágoa!
Já longe do lugar da feroz luta
O acharam quase exangue e semimorto.
(...)

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Publicado no livro A Confederação dos Tamoios: poema (1856).

In: GRANDES poetas românticos do Brasil. Pref. e notas biogr. Antônio Soares Amora. Org. rev. e notas Frederico José da Silva Ramos. São Paulo: LEP, 1949

NOTA: Poema composto de 10 canto

O Anagrama

Dos vates a antiga usança
Quis respeitoso seguir,
Ensaiando em anagrama
Teu doce nome exprimir;
Mas a mente em vão se cansa,
No desejo que me inflama
Nada me vem acudir.

Não desistindo da idéia,
Volto a ela sem cessar;
Diversos nomes invento,
Sem nenhum poder achar,
Que seja nome de idéia,
E se preste ao meu intento,
Sem o teu muito ocultar.

Vendo alfim que não podia
Teu anagrama fazer;
Que quantos eu inventava
Nada queriam dizer;
Uma idéia à fantasia,
Quando já nada esperava,
Me veio enfim socorrer.

Foi idéia luminosa,
Direi quase inspiração,
Pois que senti de repente
Palpitar-me o coração.
Sua força imperiosa
Foi tal, qu'eu obediente
Dei-lhe pronta execução.

De papel em uma fita
Teu lindo nome escrevi;
Pondo as letras separadas,
Co'a tesoura as dividi.
Cada solta letra escrita
Enrolei, e baralhadas,
Numa caixinha as meti.

Tudo ao acaso deixando,
Da sorte o cofre agitei;
E tirando-as de uma em uma,
Uma após outra as tracei.
Oh prodígio! Oh pasmo! Quando
Esta maravilha suma
De um mero acaso esperei?

Já Urânia — escrito estava!
Foi Amor quem o escreveu!
Não, não foi obra do acaso;
Teu nome veio do céu!
Aquele — já — me ordenava
Que da Urânia do Parnaso
Fosse o nome agora teu.

Que para mim renascida
A Musa Urânia serás.
Que ao céu e a Deus minha mente
Tu sempre levantarás.
Musa real, não fingida,
Unida a mim ternamente,
Celeste amor me terás.


Publicado no livro Urânia (1862).

In: GRANDES poetas românticos do Brasil. Pref. e notas biogr. Antônio Soares Amora. Org. rev. e notas Frederico José da Silva Ramos. São Paulo: LEP, 194
Gonçalves de Magalhães (Rio de Janeiro RJ 1811 - Roma Itália 1882) formou-se médico em 1832, no Rio de Janeiro, mesmo ano em que publicou Poesias. Ainda em 1832 estudou Filosofia com Monte Alverne, no Seminário Episcopal de São José, Rio de Janeiro RJ. No ano seguinte viajou para a Europa, onde fez o curso de Filosofia de Jouffroy, em Paris, França. Ingressou, em 1834, como sócio-correspondente do Instituto Histórico de França. Em 1936 fundou, em Paris, Niterói - Revista Brasiliense, com Torres-Homem e Porto Alegre, e publicou Suspiros Poéticos e Saudades, marco inicial do Romantismo no Brasil. Nas décadas seguintes publicou ensaios filosóficos, históricos e literários e dedicou-se ao teatro, traduzindo e produzindo peças. De volta ao Brasil, foi professor de Filosofia no Colégio Pedro II, entre 1838 e 1841, no Rio de Janeiro RJ. Em 1838 tornou-se membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Fundou, em 1843, a Revista Minerva Brasiliense. Ligado a D. Pedro II, ocupou vários cargos políticos, entre os quais o de deputado geral pelo Rio Grande do Sul, em 1846. Nos anos seguintes foi cônsul na Itália, ministro-residente na Áustria e enviado extraordinário e ministro plenipotenciário do Brasil nos Estados Unidos e na Argentina. Autor de A Confederação dos Tamoios, poema épico editado por D. Pedro II, Gonçalves de Magalhães é um dos principais nomes do Romantismo no Brasil.
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Informações biográficas :

Data do Nascimento: 14/03/1847

Data da Morte: 06/07/1871

Nasceu há 165 anos

Morreu aos 24 anos
Morreu há 141 anos
13/fevereiro/2013
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Gonçalves de Magalhães, realmente se deu muito bem na vida, por ser médico, poeta, ensaísta brasileiro, político, professor, diplomata, e pelas suas participações nas missões diplomáticas da França, Itália, Vaticano, Argentina, Uruguai e Paraguai.
07/março/2012

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