Marnielly

Marnielly

Fascinada por linguagens,literatura,livros e arte de ler e escrever.

1942-07-18 Amsterdã
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Alguns Poemas

É preciso catar as pedras

A verdade?A verdade é que ninguém quer sofrer,ninguém que envelhecer,ninguém que morrer...
A verdade é  que o verbo que desejamos também está na segunda conjugação,mas não é nenhum dos anteriores,pois todo mundo deseja ViVer.

Só que não serve qualquer vida,tem que ser uma vida plena                                                                                          que ultrapasse essa existência,limitada,frágil,tão pequena.

Estou impedida até mesmo de compor meus versos,ou melhor, tentam me impedir,mas estou por demasiado cansada da opinião alheia,                                        escreverei a partir de hoje o que der na telha!
Se não sabem entender metáforas,interpretar figuras de linguagens,e ler as entrelinhas                                          além do que está escrito somente nas linhas,que não leiam!
Que desgosto!Para nada e em vão  é o sacrífico,tecer fio a fio,                                                                                          ponto a ponto,as águas se encontrando como num rio com suas ondas de águas cristalinas,mas se sua aparência por ventura se torna turva,já se enfadam.
Isso é simplesmente porque não sabem catar as pedras,nem mesmo pedrinhas minúsculas que possam encontrar pelo meio do caminho,que massada!              Não entendem desse ofício,absolutamente nada               acaso que entre rosas também podem haver espinhos?

Um gole de café para recuperar a fé

Ela não queria machucá-lo
mas seria muito melhor
do que permanecer ali e 
enganá-lo.

Arrumou as malas e esperou
que ele chegasse do trabalho
todos os dias com seu sapato 
deixando as marcas no 
assoalho.

Não é fácil acabar com um relacionamento
de tantos anos
mas ela precisava seguir a vida
e por em prática seus planos.

Aqueles planos não incluiam ele
aqueles eram seus planos, sua vida...
sua nova vida
longe da rotina monotona e vazia.

Ele veio ao seu encontro e a abraçou
mas ela o afastou e falhou:acabou
ja não existe motivos pra continar
nao posso mais ficar.

Ele sem compreender o porquê
sentou na beira da cama 
e chorou
olhou pra estranha á sua frente
e  já nao parecia em nada aquela que 
um dia  tanto o amou.

Mas ainda assim ele amava 
aquela mulher
meu Deus como a amava!
ainda que pareciam estranhos
vivendo na mesma casa.

Ela mudou,se distanciou
já nao o queria por perto
parecia que não existia mais
um fragmento de amor.

Ela arrastou a velha mala vermelha até a sala 
ao bater a porta 
nem sequer olhou para trás
caminhou com passos de quem
vai e não volta nunca mais.

Ela se foi sem dizer adeus...
deixou para trás a casa
e o coração dele vazio e triste
parecia que estavam ali presentes 
naquele momento
toda a dor que no mundo existe.

Se ele  fosse  homem boêmio
receberia seu prêmio
no dia seguinte cairia na boêmia
com toda ousadia.

Infelizmente ele era o tipo de homem
que dizem raro,
um homem que não tem "inúmeros amores",
mas um homem que ainda preserva valores
que acredita no genuíno amor
ainda que precise para isso
experimentar da desilusão o dissabor
pagar a pena e sentir a dor.

Depois de intermináveis horas deitado na cama
ouvindo nada mais que o silêncio
daquele imóvel vazio,pensou:
não me renderei a dor.

Levantou e fez um café
e a cada gole  ia recuperando sua fé.









Fascinada por linguagens,literatura,livros e arte de ler e escrever. "Escrever é emprestar mãos a alma,para que ela possa falar." Autora dos livros a vida refletida em poesias,A garota triste,Universo pink,Um novo amanhecer,escrevendo nas linhas da vida,só se não chover...disponíveis em : https://www.wattpad.com/myworks
eu
Fantástico!?
11/novembro/2018
elly
Eh a frieza e algo assustador
09/novembro/2018
-
silveira
Belo poema.
06/novembro/2018

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