Thaís Fontenele
Escrevo poesia, porque de nada o mundo tá cheio e eu apenas ressignifico os nadas.
Parnaíba, Piauí
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Seja o nada
Medo do nada, o que será o nada?
Se não, aquilo que já sabemos desde que saímos do ventre,
Medo do nada, o que será o nada?
Se não, a imensidão escura que me aguarda,
Medo do nada, o que será o nada?
Se não, as frestas que iremos descobrir numa porta.
Não espere que eu adentre um nada,
Ser o nada, resguardar o nada,
É se não, a natureza do homem,
Não é surpresa, não é um grito virginal,
É o que me aguarda, é o que te aguarda,
É a poesia das manhãs,
A dor das tardes frias e a chama de uma noite.
O nada, é aquilo que eu não te disse,
Tudo o que tu esperas vir no horizonte,
E não chega se quer, a brisa,
Se não, essa língua que te guarda,
Eu pude enxergar o tudo numa manhã,
Era apenas um ventre,
Capaz de condensar todos os nadas ali,
Que no sopro, se torna uma imensidão, se não, o tudo.
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wilson1970
Tua poesia e de uma grande sensibilidade,
reflexiva,
Constrói tuas poesias
com singeleza e beleza ,
Não sou profeta,mas Parnaíba vai ouvir falar muito de você ainda e o mundo também!
PARABÉNS
06/maio/2020