Catarse
Pandora deu-me o caos para a catarse que matou de Sige, o seu silêncio,
engavetando cadáveres na infinidade da caixa preta dos desenganos,
foi numa dessas gavetas, que esqueci
a sensibilidade ultraromântica de dois semânticos: o Eu falou Te para o Amo
e toda a divina comédia gargalhou,
a água inundou melhor nos sonhos.
Me doeu como dói um parto, deixar em teus braços, a luz do sentimento frágil
que é aprender a desaprender
da maneira que aprendi a te amar.
Lhe tornei para mim, o carcereiro dos meus monstros, mas para ti,
fui o abominável cerberus que na cela do próprio inferno, quis lhe aprisionar.
Prefiro-te livre como o pássaro cósmico, que tem o espaço-tempo para voar.
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