

andreza g. a. alves
Há 20 anos resistindo em vida. Intensa em demasia. Escritora porque é preciso, leitora porque as estrelas do céu lembram letras no papel. Estudante de psicologia pela PUC Minas e admiradora sem precedentes de Pablo Neruda e Leminski.
1999-12-25 25/12/1999
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Um breve delírios sobre os olhos de Ellen
O fato a que deve-se ater é ao daqueles olhos verdes cristalizados e difusos.
Me via do outro lado daquele mar esverdiado e profundo. Encostada, fitava-me silenciosa e eu, por mais firme que já tivera sido em meus dias, me tremia de cima a baixo, esquecia-me momentaneamente dos dias, das horas e dos meus feitos passados e futuros.
Eram tão verdes que ao passo que me intimidavam me mantiam fervorosamente fixada em cada traço e cada linha tênue divisória.
Cada ínfimo movimento era crucial, podia definir tudo. Quisera eu ter educado devidamente minhas pulsões pra se inclinarem somente aonde eu as levar.
Quisera eu também controlar o incontrolável que me rodopiava, revirava por dentro. De tanto fôlego que ia perdendo temia até que fosse dessa pra melhor. Só me recordo de ter suado em demasia dessa maneira num dia quente no parque.
Eu poderia ter um desmaio com o tanto que meu peito pulsava acelerado. A sensação era coisa similar a histeria, que a gente trata com furadas de agulha e coisa e tal.
Vai ser um mistério explicar o que aqueles olhos meu causavam
Me via do outro lado daquele mar esverdiado e profundo. Encostada, fitava-me silenciosa e eu, por mais firme que já tivera sido em meus dias, me tremia de cima a baixo, esquecia-me momentaneamente dos dias, das horas e dos meus feitos passados e futuros.
Eram tão verdes que ao passo que me intimidavam me mantiam fervorosamente fixada em cada traço e cada linha tênue divisória.
Cada ínfimo movimento era crucial, podia definir tudo. Quisera eu ter educado devidamente minhas pulsões pra se inclinarem somente aonde eu as levar.
Quisera eu também controlar o incontrolável que me rodopiava, revirava por dentro. De tanto fôlego que ia perdendo temia até que fosse dessa pra melhor. Só me recordo de ter suado em demasia dessa maneira num dia quente no parque.
Eu poderia ter um desmaio com o tanto que meu peito pulsava acelerado. A sensação era coisa similar a histeria, que a gente trata com furadas de agulha e coisa e tal.
Vai ser um mistério explicar o que aqueles olhos meu causavam
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