Naquele quarto
E o coração permanece conforme o quarto de antes.
À cama, lençóis debruçados em lágrimas exauridas.
A toalha molhada deixada sobre a poltrona ressecou, juntamente com a pele desgastada.
O rádio na pequena escrivaninha não mais se envaidece com tua voz.
O silêncio é absoluto!
Da janela as nuvens continuam as mesmas. O sol com todo o seu brilho, arde da mesma forma de sempre.
O corpo permanece execrado em dor.
As paredes cansadas da ânsia das lamentações, continuam em pé e se tornam as mais fiéis das confidentes.
De fora as folhas das árvores arquejam sobre o vento, mas à estante, páginas do poetinha e Neruda repaginam os poemas mais tristes.
No retrato empoeirado sobrevive todo o discurso, envelhecido com as marcas do sofrimento.
O quarto continua o mesmo, o ar ofegante se esvaiu, a voz emudeceu na face, mas tudo continua.
Nos olhos fitos ao nada, isolada na tua presença, ouço as histórias, deitada ao colchão ao teu lado vazio.
E o sentimento permanece conforme o quarto de antes.
E a presença da falta, faz mais falta que antes.
E a dor que consome, dói mais que antes.
E em meu olhar há mais lágrimas que outrora.
À cama, lençóis debruçados em lágrimas exauridas.
A toalha molhada deixada sobre a poltrona ressecou, juntamente com a pele desgastada.
O rádio na pequena escrivaninha não mais se envaidece com tua voz.
O silêncio é absoluto!
Da janela as nuvens continuam as mesmas. O sol com todo o seu brilho, arde da mesma forma de sempre.
O corpo permanece execrado em dor.
As paredes cansadas da ânsia das lamentações, continuam em pé e se tornam as mais fiéis das confidentes.
De fora as folhas das árvores arquejam sobre o vento, mas à estante, páginas do poetinha e Neruda repaginam os poemas mais tristes.
No retrato empoeirado sobrevive todo o discurso, envelhecido com as marcas do sofrimento.
O quarto continua o mesmo, o ar ofegante se esvaiu, a voz emudeceu na face, mas tudo continua.
Nos olhos fitos ao nada, isolada na tua presença, ouço as histórias, deitada ao colchão ao teu lado vazio.
E o sentimento permanece conforme o quarto de antes.
E a presença da falta, faz mais falta que antes.
E a dor que consome, dói mais que antes.
E em meu olhar há mais lágrimas que outrora.
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