

A poesia de JRUnder
Natural de São Paulo.
Nascido a 07 de março de 1950.
A poesia não é um potro selvagem que possa ser laçado e domado.
Poesia é alma. Alma de passarinho.
1950-03-07 São Paulo
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À deriva
Deito-me em seu regaço e habito em seus sonhos.
Em sua aura, velejo por águas azuis.
Sou agora parte de você. Estou em você.
Guio-me pela luz dos seus olhos na calmaria deste oceano, onde sopra a brisa do seu respirar e faz inflar-se o velame da minha existência.
O som do quebrar das ondas, mescla-se no pulsar de seu coração.
Estou navegando à deriva.
Não existem rumos, quando o porto nos circunda.
Não existem caminhos, quando o chegar não importa.
Não existe o tempo, quando o relógio emudece, o sol permanece e a lua, apenas espera...
Seu amor aquece, seu carinho aconchega.
O leve tremor de seus lábios... Prenúncio das lavas de uma paixão que queima, teima, persiste, resiste, arrasa e faz renascer...
Milhares de vezes ao dia, milhares de dias por hora.
Quero morrer de outra vida e resurgir em sua alma, em cada noite que se faça, em cada manhã que insista...
Em cada flor que se abra e viva apenas um dia, de tamanha plenitude, de completa harmonia.
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