Mairon

Mairon

1986-10-21 Apiúna, Santa Catarina
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Meu Amigo Violão

Meu amigo violão
Que sempre me estende o braço,
Dá-me a mão e no compasso
Ouve-me dizer

Meu amigo violão
Que ao abrir a boca,
Responde à minha voz rouca e
Ajuda-me a esquecer

Meu amigo violão
Que me oferece o seu corpo
Que tocado desafina um pouco
E faz-me perceber

Que nas noites de lua cheia
Como eu, existem milhões de amantes
Que te ajeitam de lado no colo
Para fugir da razão

E que por tanto dedilhar tuas veias
Como eu, em toques dissonantes
Fazem da ponta dos dedos calos
Para sentir o coração
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