Jorge Santos (namastibet)

Jorge Santos (namastibet)

Que fazer, se assombro tudo que faço de medo e a fracasso ...

1961-07-03 Setúbal
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Alguns Poemas

Da significação aos sonhos ...




Estou bastante próximo de mim para crer
No barulho dos outros, ocupo um espaço
Diminuidor de avaliação; oculta a outra
Tarde que procuro, rés-do-chão, estrado de pedra,

Esforço a minha crença na evocação da vida,
Exprimo-me em dourado violeta ou negro e preto
E pelas decotadas sensações expressivas,
Decorativa a minha presença e o chão

Matemática viva, equivalente o peso nulo
Nosso, (meu) sobre a Terra grossa e incesta,
Porque este Mundo parou e
O movimento dos astros é tão metafisico

Como um mistério para mim, corporal,
Limito-me a passear entre a sensibilidade
E a negligencia de estático comum,
Que é estar parado entre dois mundos paralelos,

Tão físicos quanto difíceis de atingir, a pose
E o dolo são a errada concepção de um falso Lama,
Exprimem-se em estados violentos agressivos,
E pelas má impressão à flor de uma pele em chamas,

Evasiva a nossa presença e o chão
Matemática excessiva, equivalente ao peso nulo.
Aconteceu-me este poema que me fez acreditar,
Não vi os sentidos acrescidos, pois debaixo

Dum céu que não era eu, eu era apenas céu,
Em múltiplas chamadas me reclamou seu,
Eu, que sou tímido de sensações gregárias,
Embora arda entre a boca e os tímpanos,

Numa fraca final fé,
Quando me chama o inferno, assim
Falo discretamente de Deus, pois o mundo corre,
E a obscuridade adapta-se aos profanos Bretões,

De modo a parecer-lhes pleno dia. À luz
Do tímpano de um negro Orfeu,
Entendo a significação dos sonhos,
Apesar de seus...







Joel Matos 11/2019
Http://joel-matos.blogspot.com

Caminho, por não ter fé ...



Segundo o Endovélico, é privilégio da fé individual de cada ser, tomar um lugar sagrado como lugar religioso ou tornar um legado, religião instituída, depende da empatia pessoal e fiduciária do Xamã, mais que da energia dispensada por uma simples vela barométrica ou do binómio gozo/usufruto e não tanto do clima e da energia despendida e experimentada nesse nevrálgico e frágil ponto que pode ser ubíquo, omnipresente em qualquer parte ou domínio consciente, lugar onde nos predispomos a aceder o divino e onde não há razão para duvidar e para deixar de sentir omnipotente, o universo como peculiar ou particular em nós e exclusivamente.
Uma corrente humana não passa disso mesmo, de um mega-elo verbal e metafísico e a exposição ou predisposição pretensamente panteísta desse elo, podendo ser ortodoxo ou heterodoxo (embora tente convencer-me do contrário) pode ser balizado por argumentos não actuantes, distintos da função onde assentam os meus princípios e a missão humana que serve de orientação das minhas emoções funcionais vitais mais primárias e dominantes.
Essa subjacente emoção, traz consigo o que se pode considerar um selo empático, se o individuo puder explicar-se pelo pensamento e não por acções que redundam a realidade de um mal social maior, que define determinado paradigma, como amoral entre entes imorais, em que uma palavra define outra e outra, assim por diante, como um ser se define definitivamente e infinitamente como inferior ou superior, pela educação ou a irreparável falta dela, se aplicada irracionalmente, com todas as consequências. 
Justifico-me plenamente pela religião, pelo que ela comporta mais que pela verdade evidente, reduzo-me até ao mínimo absurdo, mas primo pelo direito de conservação da minha racionalidade espiritual e conceitual, excluindo os outros, a partir de um certo ponto, apago-os da minha existência, da minha condição de residente nos elevados subúrbios, embora viva a simplicidade das flores no quintal que cultivo. 
O que me distingue e á minha tese panteísta, é a função de esgaravatar buscando por almas humanas também elas na busca de outros desses eles, nos locais mais recônditos e isso implica abdicar de determinados conceitos estéticos, que vejo sendo abduzidos e reduzidos, a uma trama sem carácter, à qual não tenho outro remédio, senão disciplinarmente me afastar e conscientemente denunciar a coarctação de pensar -liberdade e o direito inalienável - de me conspurcar de todos os desmandos possíveis e imagináveis á luz da verdade, liberdade, excepção e bom gosto.
Sou contra quem me erguer defronte um muro, em nome da liberdade, senão contra mim que seja, e não procurar um eclectismo intelectual, talvez ilusório e teatral, revoltar-me contra mim até, se for o caso e sair deste marasmo em que me sinto tolhido e sem argumentos aumentativos, confinadamente assentes e com sentido, é este o primeiro passo para o meu progresso mental poético e argumentativo.
Sempre criei poesia de base zero, anuindo natureza a dois números primos, com a hipótese de, dentro do meu espírito, o colorido tinte uma polícroma dimensão, não digo geométrica, mas volumétrica que pode ser tocada por quem do-lado-de-fora também tenha uma designação não convencional, para as duas linhas separando os olhos, servirem de interlocutor lúcido ao queixo em baixo.
Sobra-me finalmente uma tristeza que é não ter eco de vozes incógnitas, ou quórum de querubins sem sexo, fazendo piruetas, mas porque havia de ter, sendo de única via a estrada que trilho e o tino igual à distãncia que me separa deles, externos a mim, salada em geral insone, insonsa e genericamente incomoda, que não gosto de ver nem sentir, tudo depende da minha marcada objectividade, mascarada de manufacturadas realidades, por não precisar de melhor e, deixar de escrever, não é deixar de escrever, já que o meu phatus, ou sentimento de imensa paixão não é feito de papel pardo ou faca, nem é jornal de forrar parede de caixote de lixo.
De facto não me merece respeito quem não me respeita, nem os meus sinais e até rejeita esta grainha rejeitada e a relatada redacção, é a básica matéria-prima que possuo, nesta cara fria por fora e por dentro limão, e é-me tão ou mais cara que o preço de um café, sorvido apressadamente ao balcão.
Falta-me qualquer argumento que qual, ainda não sei qual, mas dou-me por satisfeito e retiro-me com estas divagações redigidas à pressa, para que a vossa desatenção ou a atenção parcial não desbote, já que sobriedade não tenho, nem peço aos periféricos deuses por tal, pois perfeito é desumano e eu não desconsidero a aproximação ao sublime.
Adoramos o que não podemos ter, e eu ouço a respiração da natureza como um Endovélico Dom, ou um efeito alterado da percepção imaginaria, não como uma vantagem de quem mora um andar mais alto e elevado, mais que a maioria dos inquilinos desta cidade mal parida, mas que deixou de ser refúgio sacro para mim.
Os pensamentos surgem-me nas mesquitas, às esquinas, nos cotovelos presentes em mesas, cadeiras e chávenas de café quente e quando menos reparam em mim, em nós outros, passageiros das passadeiras brancas e pretas, olhando no fixo do olhar vazio dos nossos semelhantes, de quem nem vê quem lá anda, quem lá passa de manso.
Sinto uma inveja profunda da realidade e de imensas coisas que tornam monótona a contemplação do mundo exterior a mim, como uma paixão visual, manifesto-me pela escrita argumentativa e na poesia não decorativa, o que diminui ainda mais o efeito ilusório da realidade, sensação congénita em mim.
As coisas que procuro, não estão em relação a mim, quanto eu em ligação a elas; encolho os ombros e caminho devagar, por não ter cura para este mal-entendido com a realidade e retiro-me com o pressentimento de não voltar eu próprio, por via de me ter tornado outro mais puro e poroso, por fim magnânimo, ao ponto de nada ser igual ao que era, quando volto a cabeça e olho para trás, sobre o ombro... 



Jorge Santos, aliás Joel Matos
8 Abril 2019

A sucessão dos dias e a sede de voyeur







(Nada menos estranho para mim do que ser universal, humano e eu próprio, de versão consciente e de consciência livre, eu e sempre que posso)

 

 

 

 

A sucessão dos dias e a sede de voyeur

A sucessão dos dias é de facto consensual, a inalterável sequência das horas, a sequela da sensação dos minutos, a prossecução das gerações e das estações do ano, são como um guia, uma cúmplice realidade, viva e implícita, embebida num sudário ou num sáurio sonho, qual fazemos todos parte, a nossa expressão superlativa-quantitativa, embora diminuta, do tempo em forma de arte, pois que emoção é isso, a impressão expressiva do erro racional e não admitido, em forma de apelativo prazer, de estimulante vivido e vital perante a crueldade sincera e a consciência dolorosa in-vitro, que é viver de facto e realmente uma vida ultra e curta, sem sensações para invocar, nem dimensões de ordem extra, a pira ou o crematório para os oito intuitivos sentidos que nos restam e hão de soçobrar pateticamente na gesta de fogo versus ar e luar.
Se todos se sentissem tão comuns perante a vida e nós, como eu, perante a frieza da solidão que de facto se sente e eu sinto mais e muito, na paisagem agreste que me reveste da mesma forma e no mesmo género de satisfação de que eu sou, decomposto a meio, e todos tivessem a mesma sensação indiferente perante o vício solto de pensar e sonhar, dulcíssimos como a natureza do ar, lar intimo do que sinto e o orgulho ferido da realidade que a transfigura em irremediavelmente minha e eu em fatalmente seu, sucederíamos à quinta dimensão do tempo / espaço que diziam as divindades gregas suceder aos desejos de Omega, nas paisagens estéreo/ impassíveis, da fala e do falar que apenas na lua e no luar podem e há-de-haver em cada um, como em todos nós.
Controlamos os nossos defeitos em batalhas e rebeliões viscerais e não há, não existem impropérios reais, nem impérios virais “Do-bem” ou do mal que nos valham, nem sacrifícios que não amputem a razão na dimensão pura do ego, na vala comum e o eco da contenda que nos avise que perdemos. Clamamos pedindo repouso, misturando à lama do chão, ossos e as escaras dos que se diziam superiores, por quem os descreveu, sem estarem presentes nos sons dos campos de guerra, vazios passageiros do que resta da chama real, onírica e do vale de fumo, sem fundo que se chamam, ou de “falhar” ou de fama humana.
Na loucura, as faunas planas vestem-se de ouro em escamas e nas tardes sem honra, estranhos frades de toga buscam um Santo Graal sem validade, sem hora, nem nenhuma outra cura para a fé humana que não seja fraude e a incapacidade de viver sem o Omega, nem da palidez do Alfa, no mármore rósea nas capelas bizantinas, outrora na Capadócia extrema.
A isenção de sensibilidade censuradora, pisciforme, não nos purifica, antes nos esteriliza as escamas ao ponto de negarmos gerações conceptuais divergentes, somos seduzidos pelo asco e pela “touguia” universal, triunfal, pela mecânico quântica da mesquinhez vigente e da gargalhada persistente e viscosa, aplaudível por multidões universais, tosquiadas, sem formas e iguais a nós, eles mesmos, isentos e parciais, asquerosos pisciformes sem cor, ninguém de alma ilesa, acomodados funcionários e convalescentes do sentido estético, conspurcados assintomáticos.
A sucessão genética e embrionária é facto consensual e claro, uma tragédia estéril, quando se caracteriza de ambição e ganância gonorreica e a avidez protagoniza um placebo pouco nobre na ilusão de reproduzir semântica duma caixa de cartão liso ou papel canelado, mas vendável, já previamente cozinhado, com data de consumo obrigatória e a promessa de fomentar a realidade metafísica das sensações que não possuímos, mas reclamamos, tal como estéreis animais de esterco e de pasto para açougueiro.
Reajo contra a ideia cerebral, exacerbada de verdade, acertada e venal que vulgarmente se agrega ao papel higiénico numa crise diarreica fortíssima, provoca em mim uma náusea verbal mística e um sufoco do pensamento que vai além do desígnio consciente repugnante e auto purgante, persigo com o instinto do que procuro, como se fosse uma clarividência arejada, arrojada e doce, embora lhe dê uma designação de destaque, sinto-o agudo e pungente, assim como algo externo a mim, como um destino, um conceito, uma manifestação do que – “há de vir a ser”, clarividente e desapossada até ao tutano.
Bem hajam no futuro os deuses brandos e os mancos que pronunciam simples profecias, pois não haverá tíbias, nem pictóricos porteiros nem cadáveres pendurados pelos dedos em ameias, nem tratados tardios de paz, nem Sibilas, apenas a sucessão parda dos dias parados, como se fosse uma praia vizinha de Tróia, depois da guerra, num mar inclemente mas que é de todos nós, qual nos escapa como areia pelos nós dos dedos, como se fossem cabelos de Portia Deusa, pacata e mansa …a sucessão dos dias e por fim luz, luz ao fim do túnel …

No final da luz o fumo e o fim do túnel, sei que já disse tudo isto pois “ando-pouco-de-palavras” ultimamente, uso do mais grave que já disse, por não saber dizer nem mais, nem melhor, sou tudo o que me acusam e ainda mais, mas felizmente para mim segundo eu, ou não, segundo outros. Elegi neste lado do mundo, nesta parcela gástrica virtual,  uma vaidade mecânica de escrita pouco limpa e gasta como opção primeira e privilegiada de pensar e de pensamento e, na minha escrita não permito, nem permitirei, nem a febre dos fenos, nem do contágio decadente que polui de través, é e será o que constituí na minha interpretação de espaço, livre, comum de critica criativa e construtiva, excentricidades são e serão bem vindas desde que não rocem a imbecilidade expressiva e a rudeza, as expressões poética querem-se, quero-as eu e todos nós, vazias de exterioridades egoísticas, assim como a caixa onde o gato defeca diariamente se quer limpa de novos excrementos para que a verdade da agua pura flua e escorra por entre as vistosas pedras em cascata numa montanha livre de doenças parasitárias, malignas e esterilizáveis de pensamento e ideias, que o som das cristalinas águas nos acompanhe a todos e não o cárcere da infâmia e a lâmina da ignomínia com que muitas vezes sou reclamado a cooperar e reitero desde já um voto pelo bom funcionamento das nações e das instituições que minhas são também, quais posso e devo chamar assim, para que não se abra a tampa e pandora invada as nossas oníricas quimeras e as transforme em terríveis sensações decrepitas bem acima da linha do cabelo, bem hajam poetas e homens verdadeiramente amantes da escrita e da poesia, “no pasaran”, jamais passarão, eu passarinho.
Por fim luz ao fundo do túnel, não quero incendiar nem demais, nem – “de-menos” – os ânimos, apenas desejo e apelo ao bom entendimento  funcional do género humano e de algo que pode e deve ser belo, a partilha de palavras e o desejo, egoísta mas louvável de ser ouvido livremente e partilhado em comum por tantos e muitos ouvintes. Obrigado a todos por lerem o que partilho e o que escrevo, nestes momentos difíceis que atravessamos, toda a partilha é, como diz Bernardo Soares “A mais vil de todas as necessidades — a da confidência, a da confissão. E a necessidade da alma de ser exterior ” Obrigado a todos, bem hajam os seres humanos livres por vontade, bem hajam todos os poetas que amam as letras que usam, de todas as formas e em forma de arma, inclusive recriando uma nova, alterada e revolucionária sucessão de dias horas e mentes, pois que inalterável não é apenas a dor, Inalterável é a cachaça e um antropólogo em Marte, inalterável a minha sede de voyeur e a metafísica do terror, inalterável até o leite da Deusa Hera, mas eu não altero em nada seja o que for que sinta, seja ele quem for inclino-me ante quem é alterável quanto a minha dor que alterna entre a brava fúria e essa a qual me converto por amor.
Quando uma pessoa quer ver repetidos os mesmos padrões nos gestos, nas estrela mestras e os mesmos sorrisos nos rostos dos outros e não apenas nos das crianças, imutáveis quanto os castigos quer nos céus como nas gentes e nos despojos de dia zero, que as inúmeras vidas nos deram, quando alguém quer tudo isso o herdado e o por herdar, duma só vez, na breve vida, torna-se autista, Inalterável, incolor, inverneiro…

 

 

Joel Matos (Junho 2020)
http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com

 
 

Pra'lém do sonhar comum ...



Pra’lém do sonhar comum,

O essencial é não sentir comum demais …


Pra lá do eu, meu coração é o sonhar meu,
Tudo de resto é o fora de mim e o já agora,
A solução é não sentir o comum demais e o
Que real mais parece a mim, sem precisar de

Sonhos menos dúcteis, tão gerais quanto os
Monstros mortos ou a dócil paixão, segundo os
Logros vivos, como eles naturalmente sentem
À hora do chá e às cinco, n’ametade de tarde

Certa, parada quanto um jogo de premissas
Falsas, aleatoriamente bem verdadeiras, assim
É a nata do leite puro, para não sentir comum
Demais, a respiração aposta nas palavras tácteis,

Segundo uma dicotomia de escravo e seu dono,
Não se tocam e quando acontece o sonho morre,
Produzindo um som profundo embora leve,
Difícil de explicar escrevendo, se nem por gestos…

A unidade mínima na escrita, é o desassossego
E a solidão de quem escreve, uma anátema,
Porque escrever é o complexo e não a virtude,
É o erro e não o Graal que chamam de linguagem,

O ritual mórbido, que não há maneira de definir,
Senão pelo exagero, pois não existem palavras
Justas que definam o caos, a exegese do desapreço,
O menos cómodo dos suicídios e o cativeiro,

É o agir contra nós próprios que nos torna
Inteiros, embora estrangeiros em nossos fragmentos,
Como se fossemos um armazém de cabides
Desorganizados, onde penduramos fatos de outros,

Sensações anónimas e abomináveis, intervalos orgânicos
De conversas que não desejamos nos curtos metros
Quadrados desta nossa alma enviesada, cansada
De colóquios e considerações de precisão volumétrica …

(O essencial é não sentir comum demais)




Joel Matos 10/2019
Http://joel-matos.blogspot.com
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filipemalaia
Gostei muito de o descobrir Jorge. Obrigado!
31/dezembro/2019
-
nilza_azzi
É bom ler o que escreves; tens ritmo, domínio da línguagem poética e abordas temas intensos.
22/agosto/2019
-
namastibet
obrigado a todos que me leram
09/janeiro/2019
-
ricardoc
Igualmente! Estou me familiarizando com a plataforma. Abraços, RicardoC.
23/abril/2018
-
131992
muito intenso seus poemas, adorei.
26/outubro/2017
-
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;

Se se pudesse o espírito que chora
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!

Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!

Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja a ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa! Raimundo Correia

-Raimundo Correia
07/fevereiro/2013

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