Baptiste
Despeça guia
ao andar por Calcutá
que traço de poema sem reflexão
é sujeira de debaixo do tapete
para tristeza de qualquer ladrão.
Se me ponho à faxina e verbos
recupero, alegria é de dona de casa
divã de corpo e copo são.
Pessoa talvez heteronímia
a praga deite ao meu renego
de cansaço
furto de consciência e cangaço
de economia escrivã.
Desde voluntária servidão, mercê
ao coveiro de defuntas palavras
é requerer feitiço posto ao escovão
à memória de revólver na cintura,
sem conta alguma,
Maria Bonita sem Lampião.
Transcrevo de interrogação o ponto
à exaustão, de ouvido
sem ideia compreender
a alma, sequer sentido
de interrogação.
E desse mudo sentimento falo
pouco ou quase nada
sua prosa é contígua sorte
e morte de interdita cultura.
Oral procissão decifrando as alamedas
desce à praça, ode conversa
onde cantam sertanejas monções
às criaturas.
Faz-se chuva-canções de todo morto,
de mim faz porto, qual seguro e improvável canal
eu Suez
interliga desertos povos
sem comunicação, e de surdas divindades,
mote para cartas à mesa postas
e novo baralho às mãos.
Eu sofreguidão, serenata
de gente cuja inata noção é pouca
nenhuma
Ester a por dormir
noite, que sobre nós recai
carrossel de contradições
Jesus...
Faz-se mister
descê-lo da cruz.
ao andar por Calcutá
que traço de poema sem reflexão
é sujeira de debaixo do tapete
para tristeza de qualquer ladrão.
Se me ponho à faxina e verbos
recupero, alegria é de dona de casa
divã de corpo e copo são.
Pessoa talvez heteronímia
a praga deite ao meu renego
de cansaço
furto de consciência e cangaço
de economia escrivã.
Desde voluntária servidão, mercê
ao coveiro de defuntas palavras
é requerer feitiço posto ao escovão
à memória de revólver na cintura,
sem conta alguma,
Maria Bonita sem Lampião.
Transcrevo de interrogação o ponto
à exaustão, de ouvido
sem ideia compreender
a alma, sequer sentido
de interrogação.
E desse mudo sentimento falo
pouco ou quase nada
sua prosa é contígua sorte
e morte de interdita cultura.
Oral procissão decifrando as alamedas
desce à praça, ode conversa
onde cantam sertanejas monções
às criaturas.
Faz-se chuva-canções de todo morto,
de mim faz porto, qual seguro e improvável canal
eu Suez
interliga desertos povos
sem comunicação, e de surdas divindades,
mote para cartas à mesa postas
e novo baralho às mãos.
Eu sofreguidão, serenata
de gente cuja inata noção é pouca
nenhuma
Ester a por dormir
noite, que sobre nós recai
carrossel de contradições
Jesus...
Faz-se mister
descê-lo da cruz.
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