

andreza g. a. alves
Há 20 anos resistindo em vida. Intensa em demasia. Escritora porque é preciso, leitora porque as estrelas do céu lembram letras no papel. Estudante de psicologia pela PUC Minas e admiradora sem precedentes de Pablo Neruda e Leminski.
1999-12-25 25/12/1999
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Ventus Est
Me interessa esse lado teu
Fiz desse meu lugar favorito
do lado de cá
Onde viver é estar
Estar sonhando e contando
quantos sonhos cabem numa vida
Me interessa alcançar o que ainda inexiste
Intrigar multidões por que passo
Meu lugar favorito é nas incertezas dos dias correntes
Feito enxurrada de verão
No espaço entre um verso e outro
Na curva de um ombro amigo de amor moldado
Moro no cheiro de quem a gente quer bem
No olhar desbravador recostado na janela do carro
No ato de enxergar o outro como um ato político
Moro na vontade de manter vivo
o sentido escasso das coisas
Moro por curta estadia nos olhares silenciosos
nos olhos que se devoram
nos beijos que conversam
No amor
Eventualmente
Meu lugar favorito é definitivamente no amor
Sentimento ignorante que extravia os juízos
Essa inclinação humana de arrastar erros por décadas
Nesse amor
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros de carlito
é nele que habito.
Fiz desse meu lugar favorito
do lado de cá
Onde viver é estar
Estar sonhando e contando
quantos sonhos cabem numa vida
Me interessa alcançar o que ainda inexiste
Intrigar multidões por que passo
Meu lugar favorito é nas incertezas dos dias correntes
Feito enxurrada de verão
No espaço entre um verso e outro
Na curva de um ombro amigo de amor moldado
Moro no cheiro de quem a gente quer bem
No olhar desbravador recostado na janela do carro
No ato de enxergar o outro como um ato político
Moro na vontade de manter vivo
o sentido escasso das coisas
Moro por curta estadia nos olhares silenciosos
nos olhos que se devoram
nos beijos que conversam
No amor
Eventualmente
Meu lugar favorito é definitivamente no amor
Sentimento ignorante que extravia os juízos
Essa inclinação humana de arrastar erros por décadas
Nesse amor
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros de carlito
é nele que habito.
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