Lembranças da Existência
As mãos, curtas, tocam o mundo
Na pureza inata e incitante
De quem não pondera o segundo
Em horas que se esvaem num instante;
Esse desejo, tão profundo,
Cresce em sintonia com a mente
Farta, descobrindo o submundo,
Ainda que esparsa e transigente.
Quente é a luz na pele nova
Ao surgir um corpo estranho
Cuja a estatura já comprova
O alvorecer do céu castanho;
Os versos integram a trova
E a palavra se torna vítima
Da boca que suplica a prova
Para amenizar a dor legítima.
Pois viver é um corte fundo
Que irá sangrar, constantemente,
Até que o puro vire imundo
E se encontre limpo novamente;
A correnteza que renova
Os velhos meandros da mente
Já não é mais tão curiosa
Quando o tempo é deprimente.
Longa saudade, amarga e injusta,
Crescendo forte e auspiciosa
Pelo destino que sempre assusta
Ao trocar poesia e prosa.
Na pureza inata e incitante
De quem não pondera o segundo
Em horas que se esvaem num instante;
Esse desejo, tão profundo,
Cresce em sintonia com a mente
Farta, descobrindo o submundo,
Ainda que esparsa e transigente.
Quente é a luz na pele nova
Ao surgir um corpo estranho
Cuja a estatura já comprova
O alvorecer do céu castanho;
Os versos integram a trova
E a palavra se torna vítima
Da boca que suplica a prova
Para amenizar a dor legítima.
Pois viver é um corte fundo
Que irá sangrar, constantemente,
Até que o puro vire imundo
E se encontre limpo novamente;
A correnteza que renova
Os velhos meandros da mente
Já não é mais tão curiosa
Quando o tempo é deprimente.
Longa saudade, amarga e injusta,
Crescendo forte e auspiciosa
Pelo destino que sempre assusta
Ao trocar poesia e prosa.
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