Miguel Torga

Miguel Torga

Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, foi um dos mais influentes poetas e escritores portugueses do século XX. Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu também romances, peças de teatro e ensaios.

1907-08-12 S.Martinho de Anta-Sabrosa, Portugal
1995-01-17 Coimbra
740156
33
1503


Prémios e Movimentos

Camões 1989Presencismo
Escritor português natural, de São Martinho de Anta, Vila Real. Proveniente de uma família humilde, teve uma infância rural dura, que lhe deu a conhecer a realidade do campo, sem bucolismos, feita de árduo trabalho contínuo. Após uma breve passagem pelo seminário de Lamego, emigrou com 13 anos para o Brasil, onde durante cinco anos trabalhou na fazenda de um tio, em Minas Gerais, como capinador, apanhador de café, vaqueiro e caçador de cobras. De regresso a Portugal, em 1925, concluiu o ensino liceal e frequentou em Coimbra o curso de Medicina, que terminou em 1933. Exerceu a profissão de médico em São Martinho de Anta e em outras localidades do país, fixando-se definitivamente em Coimbra, como otorrinolaringologista, em 1941. Ligado inicialmente ao grupo da revista Presença, dele se desligou em 1930, fundando nesse mesmo ano, com Branquinho da Fonseca (outro dissidente), a Sinal, de que sairia apenas um número. Em 1936, lançou outra revista, Manifesto, também de duração breve. A sua saída da Presença reflecte uma característica fundamental da sua personalidade literária, uma individualidade veemente e intransigente, que o manteve afastado, por toda a vida, de escolas literárias e mesmo do contacto com os círculos culturais do meio português. A esta intensa consciência individual aliou-se, no entanto, uma profunda afirmação da sua pertença à natureza humana, com que se solidariza na oposição a todas as forças que oprimam a energia viva e a dignidade do homem, sejam elas as tiranias políticas ou o próprio Deus. Miguel Torga, tendo como homem a experiência dos sofrimentos da emigração e da vida rural, do contacto com as misérias e com a morte, tornou-se o poeta do mundo rural, das forças telúricas, ancestrais, que animam o instinto humano na sua luta dramática contra as leis que o aprisionam. Nessa revolta consiste a missão do poeta, que se afirma tanto na violência com que acusa a tirania divina e terrestre, como na ternura franciscana que estende, de forma vibrante, a todas as criaturas no seu sofrimento. Mas essa revolta, por outro lado, não corresponde a uma arreligiosidade ou recusa da transcendência. A sua obra, recheada de simbologia bíblica, encontra-se, antes, imersa num sentido divino que transfigura a natureza e dignifica o homem no seu desafio ou no seu desprezo face ao divino. A ligação à terra, à região natal, a Portugal, à própria Península Ibérica e às suas gentes, é outra constante dos textos do autor. Ela justifica o profundo conhecimento que Torga procurou ter de Portugal e de Espanha, unidos no conceito de uma Ibéria comum, pela rudeza e pobreza dos seus meios naturais, pelo movimento de expansão e opressões da história, e por certas características humanas definidoras da sua personalidade. A intervenção cívica de Miguel Torga, na oposição ao Estado Novo e na denúncia dos crimes da guerra civil espanhola e de Franco, valeu-lhe a apreensão de algumas das suas obras pela censura e, mesmo, a prisão pela polícia política portuguesa. Contista exímio, romancista, ensaísta, dramaturgo, autor de mais de 50 obras publicadas desde os 21 anos, estreou-se em 1928 com o volume de poesia Ansiedade. Também em poesia, publicou, entre outras obras, Rampa (1930), O Outro Livro de Job (1936), Lamentação (1943), Nihil Sibi (1948), Cântico do Homem (1950), Alguns Poemas Ibéricos (1952), Penas do Purgatório (1954) e Orfeu Rebelde (1958). Na ficção em prosa, escreveu Pão Ázimo (1931), Criação do Mundo. Os Dois Primeiros Dias (1937, obra de fundo autobiográfico, continuada em O Terceiro Dia da Criação do Mundo, 1938, O Quarto Dia da Criação do Mundo, 1939, O Quinto Dia da Criação do Mundo, 1974, e O Sexto Dia da Criação do Mundo, 1981), Bichos (1940), Contos da Montanha (1941), O Senhor Ventura (1943, romance), Novos Contos da Montanha (1944), Vindima (1945) e Fogo Preso (1976). É ainda autor de peças de teatro (Terra Firme e Mar, 1941; O Paraíso, 1949; e Sinfonia, poema dramático, 1947) de volumes de impressões de viagens (Portugal, 1950; Traço de União, 1955) e de um Diário em dezasseis volumes, publicado entre 1941 e 1994. Notável pela sua técnica narrativa no conto, pela expressividade da sua linguagem, frequentemente de cunho popular, mas de uma força clássica, fruto de um trabalho intenso da palavra, conseguiu conferir aos seus textos um ritmo vigoroso e original, a que associa uma imagística extremamente sugestiva e viva. Várias vezes premiado, nacional e internacionalmente, foram-lhe atribuídos, entre outros, o prémio Diário de Notícias (1969), o Prémio Internacional de Poesia (1977), o prémio Montaigne (1981), o prémio Camões (1989), o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (1992) e o Prémio da Crítica, consagrando a sua obra (1993). Em 2000, é publicado Poesia Completa
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Martim Dick Miuda Bilac
Quando li isto meitei-me, lindo sem palavras nunca me senti assim antes obrigado.
17/abril/2023
Manuel Duque Miúda Bilac
Achei muito interessante, eu cavo lavo e peneiro , genial . Achei uma metáfora engraçadinha com nha ahahaha
17/abril/2023
Asdruval
Adoro isto
14/junho/2021
Carla
Adora as obras
16/março/2021
tatiana pereira
alguem me pode explicr oq significa?
05/junho/2019
Maria Silva
Que bom era, todos respeitassemos a natureza e ama-la como Miguel Torga, prodigio da natureza!...
24/abril/2019
Eduardo Pereira
Para mim, o mais genuíno e genial dos poetas portugueses.
11/outubro/2013
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voces nao sabem apreciar, quem nao aprecia os poemas de miguel torga poemas miguel torga amo os seus poema
04/maio/2012
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~podiam resumir...
ta horroroso 
01/maio/2012
Manmar
Poeta do povo. Humilde, sincero e belo na escrita.
08/março/2012
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joao_euzebio
Criticas Sr. Rui e Ana são sempre bem vindas quando é dada com classe e respeito até a onde vai o seu limite começa o dele se você não tem gabaritos para criticar então cale-se pois eu acho que fica melhor em você assim. Um abraço
20/fevereiro/2012
rui tiago/ ana olivia
eu acho  as suas obras uma merda e uma porcaria
20/fevereiro/2012
FLORBELA/bruna
GOSTAMOS DO SEU POEMA FABULA DA FABULA
20/fevereiro/2012
FLORBELA/ANA
GOSTAMOS DOS SEUS POEMAS
20/fevereiro/2012
rita

amo os seus poemas são lindos

 

21/novembro/2011
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Um dos maiores poetas Portugueses!
14/novembro/2011
Francisco Rodrigues
Admirável o seu livro "Novos contos da Montanha" a começar pelo seu prefácio. Sou seu cultor.
24/outubro/2011
Tatiana
Gosto do seu livro "Bichos" mas também sei que esteve preso.
19/outubro/2011
Vânia Teixeira
Gosto muito, um grande homem e um grande poeta sem dúvida. Os seus poemas são uma inspiração para mim

30/maio/2011
leonor
Gosto muito do seu poema Segredo, aliás vou apresentá-lo à minha turma
08/maio/2011
maria teresa
miguel torga eu sou um fã dos seus  poemas  eu ademirava-o muito  
24/abril/2011

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