maria_ana_guimaraes
"A fome de criar caiu-me em cima da pele e afundou-se até ser entranha."
1993-04-18 Porto
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REGRESSO
Uma vez expelida, esta voz,
que frenética em mim se alojou,
parasita do meu pensar,
suga-me o meu cerne.
Atordoada, já não giro em torno de nada.
Sou dispersa, sou bocados de mim.
Arrancados pela sua força sobre-humana.
Que insiste em ser hospedeiro em dias soalheiros, em dias negros.
Meus olhos vêem paisagens ondulantes,
que me fazem perder o equilíbrio.
esgotada de mim própria,
Exposta pela materialização da minha essência.
Escorre meu suor pela minha pele, fria.
Minha boca balbucia réstias do que escrevi.
minhas mãos tremem,
e num arrepio, desfalece num último suspiro.
Num respirar nauseante,
volto ao solo que abandonei.
Como se mudasse a sensação de tempo,
perco-me nesse limbo sufocante.
Meu corpo jaz ao som de uma marcha fúnebre,
minha mente não resiste mais.
Rendo-me, fico sem voz,
Pálida, esvaio-me em paz.
Regresso.
que frenética em mim se alojou,
parasita do meu pensar,
suga-me o meu cerne.
Atordoada, já não giro em torno de nada.
Sou dispersa, sou bocados de mim.
Arrancados pela sua força sobre-humana.
Que insiste em ser hospedeiro em dias soalheiros, em dias negros.
Meus olhos vêem paisagens ondulantes,
que me fazem perder o equilíbrio.
esgotada de mim própria,
Exposta pela materialização da minha essência.
Escorre meu suor pela minha pele, fria.
Minha boca balbucia réstias do que escrevi.
minhas mãos tremem,
e num arrepio, desfalece num último suspiro.
Num respirar nauseante,
volto ao solo que abandonei.
Como se mudasse a sensação de tempo,
perco-me nesse limbo sufocante.
Meu corpo jaz ao som de uma marcha fúnebre,
minha mente não resiste mais.
Rendo-me, fico sem voz,
Pálida, esvaio-me em paz.
Regresso.
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