Retrato
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Valquíria Esper Chahhoud
Não mais me chame para tuas noites boêmias
Valquíria Esper Chahhoud
Não mais me chame para tuas noites boêmias
Tamanha é a dor em meu peito por ver-te partir, mal respiro.
Minhas palavras tropeçam em breve fôlego,
Deixe que outra sane os efêmeros desejos que te inspiro.
Minha morada nunca fora tão fria e cálida como hoje,
Entre nós não vaga nenhum segredo e lá fora a chuva firma
Comigo, dormem as lembranças de um passado recente
Contigo, o amor alheio que diz que sentes
Suplico-te, não mais me chame para deitar teus desvarios
Tamanho é meu sofrimento por ver-te partir todas as manhãs:
Desvencilha-se de mim física e sentimentalmente, e
Despedaço-me com palavras que guardo em atitude vã.
Não mais peço que fiques, não contrario a pureza de meu sentimento
Já disse tudo que me cabia e nada jamais controlarei.
Sabes do amor que guardo e do carinho que tenho –
Digo-te em último gole: não mais permeie o meu sofrimento.
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