VINGANÇA
Vai, alegria póstuma, dizes de minha vida
Aos cruéis que sempre tive, sempre lutei,
Nunca venci: foi-se o homem, e nessa ida
Irão todos ao mesmo lugar em que findei!
Dizes que minha mente chora, está castrada,
Sem rosto, no ardor de toda essa agonia;
Que só o mal, que tarda em ficar n'alma baldia,
É o que ainda aquece o coração, que nem badala;
Que estou condenado a sofrer eternamente,
E assim, transbordar dessa sede incontrolável,
Que nunca cessa, e que só se sente:
E assim, talvez o meu Juiz incontestável,
Possa também julgar a alma oponente
Da mesma forma que me tem - Imperdoável!
Itamar FS

Aos cruéis que sempre tive, sempre lutei,
Nunca venci: foi-se o homem, e nessa ida
Irão todos ao mesmo lugar em que findei!
Dizes que minha mente chora, está castrada,
Sem rosto, no ardor de toda essa agonia;
Que só o mal, que tarda em ficar n'alma baldia,
É o que ainda aquece o coração, que nem badala;
Que estou condenado a sofrer eternamente,
E assim, transbordar dessa sede incontrolável,
Que nunca cessa, e que só se sente:
E assim, talvez o meu Juiz incontestável,
Possa também julgar a alma oponente
Da mesma forma que me tem - Imperdoável!
Itamar FS

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