gabrielperalta217

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Ás vezes escrevo um pouco

1997-07-15 Canoas
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A prisão que liberta

Vê-me aqui novamente
a desfilar sobre as circustâncias?
a escrita soma á minha vida
certo aroma ás essências

aroma esse que eleva
traz a lua e me deixa mirando as estrelas
durante as máximas de linhas e pontos
difere alguma ou são as mesmas?

cada livro é um abismo
cada capítulo uma danação
em cada frase eu afundo
e em cada letra há uma renovação

não me fio a um objetivo
nem espero algum final
minha anatomia me define
casca de um humano
sobre a carne de um animal

a realidade me cansa
há muitas pessoas por aqui
nessa ilusão eu me prendi
e a chave eu perdi

celas com barras de metal
vejo entre elas
cabeças baixas
corpos moribundos
passos sem direção
olhares de olhos fundos

deixe-me aqui
observando o cotidiano
dentro de mim ainda sou jovem
lá fora envelheço 
décadas a cada ano

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