Urgência em Viver e Buscar Sanidade no Caos

Minhas manhãs são governadas pelo implacável alarme, 
Sem tempo para acompanhar os exames dos pais, 
Nem para a simplicidade do prazer genuíno. 
Me robotizam para respirar a sufocante poluição, 
Aguentar o estafante dia, me tornando uma partícula 
Perdida no vácuo social sem sentido.

No capitalismo, a vida é um protocolo rígido, 
Corações e mentes sob controle severo, me querem eficiente, 
Máquina fria, apenas postar, curtir, consumir, sem refletir, sem sentir.
No vazio de valores, travo uma batalha incessante, 
Afirmando o ser em meio ao nada dos cifrões, 
Buscando humanidade, serenidade e dignidade, 
No caos incessante que o trabalho e a alienação ditam.

Há urgência em viver, em respirar outros ares,
Sentir e suportar o peso do mundo nas costas cansadas.
No meio da multidão, tentam impor o espírito de rebanho,
Átomos em colisões sociais, buscando contentamentos.
Há urgência em superar esses abismos.

Na luta contra todo vazio,
Na afirmação do ser,
Enfrentando os ventos contrários,
Buscando a serenidade em meio ao caos.
São os piores tempos possíveis, mas é o que temos em mãos, 
É viver e tentar melhorá-los com ações e convicções.
Mesmo com o corpo cansado, mente inquieta, insônia, 
Supero o vazio, a insanidade, a exploração, 
Busco a sanidade no caos - tentar é o que resta!

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