esperança
É bom ter um companheiro noturno.
Para ele eu confesso o enigma de ser mulher e lutar pela minha sorte.
Mostrar minha luta de vida numa supernova incendiária.
Servir o meu ego ao seu paladar áspero e, talvez ser compreendida pelo bicho homem.
Eu exijo respeito da mesma forma que te suplico a proteção dos deuses.
Não é fácil vigiar o meu corpo dia e noite.
Amaciá-lo da tensão produzida pelo caos.
Servi-lo de bons fluídos através da música, do seu sorriso, do seu calor.
Não me imagino sozinha, às vezes eu sinto medo, angústia.
Mas os meus longos dedos secam a dor líquida e se despedem da esperança.
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