Himalayanpanda

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Sou um Nepalês, mas moro no Bahia, Brasil há 12 anos. Sou estudante de antropologia e gosto muito de ler literatura variada, desde literatura até ciências. Ocasionalmente, também escrevo na minha língua materna, que não está listada no Google Tradutor. Alguns dos meus escritos já foram publicados. Estou aprendendo português (BR).

1967-07-30 Nepal
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Fome (Poema)

Ranjan Lekhy
Santo Antônio de Jesus, Bahia, Brasil
25 de agosto de 2025

No ventre do pobre arde a chama da fome,
Buscando alimento, seu coração consome.
Sonhos queimados no abraço cruel da dor,
A estrada da vida — espinhos e suor.
 

No peito do rico, a fome joga esperta,
Ganância o guia, a alma nunca desperta.
Quer mais e mais, seu cofre a acumular,
Mas mesmo em ouro, vazio há de ficar.
 

A fome da fama deseja aplausos do mundo,
Todo coração quer ser reconhecido e fecundo.
Vida brilhante, de elogios repleta,
Mas na multidão, só a alma deserta.
 

A fome do poder tece sonhos de mandar,
Reinar pra sempre — desejo a dominar.
Em nome do povo, o banquete é egoísta,
Com o trono nas mãos, o fardo é à vista.
 

A fome da beleza conta outra história,
De ser sempre belo — eterna memória.
A juventude encanta com perfume e cor,
Mas a velhice apaga o brilho e o vigor.
 

A fome do desejo mergulha em paixão,
Caminhos do corpo e da mente — divisão.
A fome do amor é pura e fortalece o ser,
Mas a da luxúria é frágil e vai se perder.
 

A fome é a história do viver humano,
Diferentes jornadas, um mesmo desengano.
Nos cantos do mundo, a dor é igual,
Na sombra da fome — um segredo fatal.
 

mas
 

A fome do saber é jornada de libertação,
A educação justa liberta da servidão.
Buscando a verdade com mente desperta,
A luz do saber toda sombra liberta.

Fim


Traduzido da língua Tharu:   https://dhakiyakhabar.com/news/2024/07/06/2354?fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTEAAR2sohIX5fgWJDg1Y0P9nIovpu1D3_NrNtF8-_wFgkBiBM6mOt1bJjl9Z0g_aem_y9c0rbPbyfiJ79ahxJv0tg

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