

Maria Antonieta Matos
Maria Antonieta Rosado Mira Valentim de Matos - MARIA ANTONIETA MATOS, nasceu em 1949 em Terena, Concelho de Alandroal e reside em Évora, Alentejo, Portugal
DESCOBERTA DE UMA CIDADE
Desafio e conhecimento
É aquilo que lhe proponho
Com muito divertimento
E muito empenho, suponho
Aos meninos e meninas
Vindos de todos os lados
Vamos traçar algumas linhas
Para ficarem informados
Tem um castelo bem alto
Uma história ao seu redor
De Evoramonte é um passo
E tem marcas de valor
Vamos descobrir um cantinho
Um cantinho de Portugal
Com bonecos e pucarinhos
Uma cidade artesanal
Para assentar na cadeira
O buinho e a palhinha
Que o povo corta na ribeira
E são lindas p’ra cozinha
Predominando as cores
Azul, verde, branco e castanho
S ão pintadas lindas flores
O mobiliário Alentejano
Há artistas na cantaria
Têm gosto refinado
Valiosa sabedoria
E são muito solicitados
Fazem estatuetas admiráveis
E outras peças, para construção
São lindas e agradáveis
Arte com alma e coração
Há chocalhos com muitos sons
Do maior ao mais pequeno
O gado lhes dá os tons
Enquanto comem o feno
Há sobreiros muito antigos
Com copas muito frondosas
O gado fica protegido
Nas sombras maravilhosas
Do tronco se tira a cortiça
E tem muita utilidade
T arros, rolhas e outras dicas
Só o povo tem criatividade
Se tira também a lande
Para o porco o seu sustento
Que faz tenra a sua carne
Para o povo é alimento
Tem vinho e tem azeites
Belas vinhas e olivais
Nas terras lindos enfeites
Deslumbra os olhos demais
Tem queijos e tem enchidos
Com sabor sem igual
São por muitos conhecidos
É produto tradicional
Tem mármore para exportação
Vem da terra tal riqueza
Tem também a serração
Para o transformar em beleza
Fazem-se peças de estanho
Também muito apreciadas
Diversidade e tamanho
Para eventos são gravadas
Com lindo design e cor
A excelente Tapeçaria
Com o ponto de pé de flor
São bordados, é uma alegria
O ferro é trabalhado
Faz-se peças originais
É tudo muito pensado
Começou com castiçais
Tem também o latoeiro
Que está sempre a imaginar
Magica o dia inteiro
E faz peças para encantar
Há também os artesãos
Que fazem brinquedos de madeira
Para os mais pequeninos, são
São danados pr’a brincadeira
Há muita inspiração
E não se cansam a brincar
Com empenho e coração
E o sentido para observar
M obiliário pr’a bonecas
Reconstituição da história
Miniaturas diversas
Que não esquecem na memória
Há animais e carretas
Parelhas e tudo mais
Não faltam as picaretas
E as vestes regionais
Artesanato sobre as profissões
E os temas religiosos
Estão lá os cirurgiões
E os santos milagrosos
No museu para a memória
Existem lindas coleções
Fica um espólio de uma história
Contada por artesãos
De cor vermelha e amarela
E extraído da terra o barro
Fazem-se peças singelas
Quando peneirado e amassado
Depois do barro moldado
E de secar no forno
A pintura é o resultado
De lindas peças de adorno
Respeitando a tradição
R eligiosa e conventual
A ameixa para confeção
É um produto local
São herança familiar
Muitas destas profissões
Têm gosto para inovar
E preservar tradições
Com trabalho e motivação
Transformam as peles e os couros
Que lhe dá gosto e satisfação
E os produtos são duradouros
Também prenda esta cidade
O ofício do mosaico hidráulico
Prima a cor e qualidade
E o patrão é fantástico
Das matérias-primas naturais
E a pensar em reciclar
Inventa motivos florais
E faz quadros de admirar
Nos registos e maquinetas
A paixão falou mais alto
São lindas depois de feitas
E de um apreço elevado
A riqueza do Artesanato
Opera uma necessidade
Um querer imediato
E gostar de verdade
Sensação extraordinária
Individual criação
Uma compensação diária
E dá-se asas à imaginação
O vidro também é palco
Neste mundo artesanal
O espelho ganha um marco
Na vida de um casal
Não percas estes valores
Pois são formas de sustento
Imagina e pinta com cores
A arte e o teu talento
Valoriza a profissão
E dá-lhe muita importância
Será meio caminho andado
Para o sucesso e confiança
Procura as letras diferentes
No início de cada verso
Junta um Z às existentes
E a cidade fica a descoberto
Maria Antonieta Matos/ 2011
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