ULTIMO TRAGO
Fico olhando para o nada
E aquilo que nunca esperava
Aconteceu, um minuto berrava
Em meu corpo e em minha mente e assim, tudo girava
A garganta seca aperta e deixa
Tudo no passado, quase apago, mas nada
Tem a cor verdadeira das histórias
Jamais contadas, no entanto vividas
Pessoas em volta dizem saber quem és, nada!
Na tela fria à frente dos olhos faz enterrar
Aquela dor estranha de não reconhecer a própria frieza
Uma indecisão de saber quem sou
Nesta louca corrida de fazer parte nesta terra
Mesmo com os pés fixos em base sólida
Sinto – me pisar em chão frio, e me asfixia
Um instante sem ar, sufoca
Mas acendem a coisas mais puras
Enchem – me o pulmão e respirar
Depois do último trago faz imaginar...
Sabemos ou não, viver e amar?
Fernando Cartago
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