

Frederico de Castro
Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Chorar...nunca mais

Expirou o silêncio que sentia no embalo
destes versos vagos
arrumados no compartimento do tempo
onde abreviamos as saudades
engradadas na madrugada alucinante
que chega
fechando o postigo das lágrimas
caindo na paisagem cinzelada da vida
repercutindo cada desejo espalmado
no teu ser desenhado num detalhe
sempre mais empolgante
Chorar...nunca mais
Deixo-te somente aquele
abraço que te é essencial
desfraldando versos de amor
tão aglutinantes
virtuosos
apregoados uma vida inteira
para que o sabor dos beijos
sejam em doses totais
e eu sempre em ti resida
embriagado de versos tão capitais
Frederico de Castro
Escritas.org