

Paulo Jorge
A poesia fatalista e decadentista é um exemplo sublime da exaltação da morte em todo o seu esplendor, e desde sempre eu retiro satisfação pessoal deste saborear tétrico da vida.
1970-07-17 Lisboa
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Era Uma Vez
O Homem nasceu quando um dia o Cosmos se reconheceu ao espelho.
Do caos telúrico do Universo nasceu a ordem da evolução.
Da beleza da alma nasceu o sonho da arte.
Da sua contemplação nasceu a consciência do todo.
E a consciência gerou o caos metafísico.
A própria vida desenrola-se e esvai-se retoricamente ambivalente.
Só vindo a encontrar respostas ao se extinguir.
Quando os seus elementos primordiais se diluírem na fonte do esquecimento.
Eterno e omnisciente Mundo longínquo que ousou um dia sonhar acordado.
Encarnar um planeta azul de mil e uma personagens liliputianas únicas, perdidas no labirinto do seu egocentrismo.
Lx, 17-2-2006
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