Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Veio para Portugal devido à Guerra Colonial.
Casada desde 1985, é mãe de oito filhos, três rapazes e cinco raparigas
Que são a razão da sua vida e a sua maior alegria.
Depois de ter passado por uma depressão a escrita foi a sua cura
Fazendo-a dar valor á vida.
1966-04-05 Nasci em Luanda- Angola
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HOJE SEM PEDIR
Sem pedir o meu ódio fugiu
Com a água o meu sangue diluiu
Mas o rancor matou-me novamente
Não apenas a mim mas a um grande amor
A terra que está sedenta de sangue
E o punhal que em mim cravou
Deixou uma chaga aberta no peito
Quando por fim fiquei enlouquecido
Senti-me esquecido, perdido talvez
Neste viver onde encontro-me sem fé
Sem honra, sem esperança, sem compaixão
Decidi que não mereço ser quem sou
Uma pobre alma que vagueia sem rumo
A cambalear pelos montes de fragas
Vestindo-se de giestas, de folhas verdes.
Com a água o meu sangue diluiu
Mas o rancor matou-me novamente
Não apenas a mim mas a um grande amor
A terra que está sedenta de sangue
E o punhal que em mim cravou
Deixou uma chaga aberta no peito
Quando por fim fiquei enlouquecido
Senti-me esquecido, perdido talvez
Neste viver onde encontro-me sem fé
Sem honra, sem esperança, sem compaixão
Decidi que não mereço ser quem sou
Uma pobre alma que vagueia sem rumo
A cambalear pelos montes de fragas
Vestindo-se de giestas, de folhas verdes.
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