Isabel Pires

Isabel Pires

Amar o abismo da descoberta. Sem cair.

1964-01-30 Lisboa
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Clareza

Se eu tivesse que escolher uma cor para as tuas palavras seria o cinza.
Não pelo negrume da tristeza. Bonito, esse teu negrume, sabias?
Seria pela calma. É isso. Pela calma que me trazes às margens das manhãs ou das tardes.
Conforme a inclinação do sol.

As tuas palavras só não têm a cor branca porque não as descobriria nesta folha.
Mas são brancos, esses bordados de luz que te escorrem entre os dedos.


Aráquem Alcantara

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