Jardim
Desviara o candeeiro do mundo
para deixar a luz desenhar-me de ti.
A conjugação irrequieta das letras
que me derramas em palavras bem alinhadas
no altar de silêncio.
Como se fossem pétalas
essas palavras.
Lisas, sempre lisas.
Fortes, às vezes.
Cansadas, outras vezes.
Amplas, sempre amplas.
Aproximo-me da luz
para te beber melhor.
Provar as pétalas imensas
que soltas
que desenhas
que me dás
para erguer os dias.
Uma chama invisível nasce no peito...
Algo de bom espalhas
por essas vestes de pétalas.
Casa de Santa Maria | Cascais | 5 Outubro 2016
Pormenor de vestido de Agatha Ruiz de la Prada
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