O Nada de hoje não é o mesmo Nada de amanhã, nem fora de ontem. Nem se o Nada possuísse essência, núcleo seria igual aos Nadas porvires. Ontem foram quimeras, sonhos e esperanças, desejo irrefragável da felicidade e alegria. Hoje são desesperanças, angústias, tristezas , olhar triste e desolado para as coisas do mundo e da vida. O tempo entra em cena na película teatral da existência , afina a garganta para a expressão dos Sons , depura as Palavras em versos e estrofes para a expressão dos desejos mais íntimos do Sublime e Eterno por intermédio do não e sim das perquirições, indagações e perguntas do Bem e do Mal, artificiando a memória que é o MOVENTE da existência, nela residindo, habitando a luz do Sublime e do Ser, as vias das sombras e da clareza, do princípio que é a dimensão da Liberdade e do fim que é a Consciência, assim artificiando o "Novo Homem". Nada será igual, e por não ser igual é que cria, recria, inventa sendas e veredas, é a Liberdade que permite o voo, o esvoaçar, o esvoejar até o universo da Consciência, até a feitura e confecção do divino que é o destino amplamente aberto ao eterno, à eternidade. A poetisa Sonia Gonçalves nestes versos de Nada é Igual compõe a trajetória da vida humana contemplando a História de existir, ser e estar no mundo , e no interdito do poema está latente e manifesta a Esperança do Espírito da Vida .