A poesia de JRUnder

A poesia de JRUnder

Natural de São Paulo.
Nascido a 07 de março de 1950.
A poesia não é um potro selvagem que possa ser laçado e domado. Poesia é alma. Alma de passarinho.

1950-03-07 São Paulo
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A Paz


A paz pode ser apenas olhar o céu.
Pode ser o som do mar no quebrar das ondas, 
pode ser o voo do pássaro, 
pode ser a gota da chuva que cai e brinca ao desenhar no chão seco...
 
A paz pode ser um ombro abrigo, 
o calor de um abraço, o contágio de um sorriso, 
uma palavra amiga, aquela se ouve bem na hora certa...
  
A paz pode ser ficar, pode ser partir, pode ser um aceno de adeus
ou um agitar de mãos que querem dizer: Olha, cheguei, estou aqui!
A paz pode ser o caminhar inseguro de uma criança 
ou o andar apressado que quer chegar ao momento certo.
  
A paz pode estar no tempo, pode estar no espaço, 
pode estar na convivência ou mesmo na ausência. 
A paz pode ser branca, ou colorida quem sabe?
Pode estar vindo do sul, do leste, do alto 
ou bem do fundo, talvez do fundo da alma.
  
A paz pode estar no sim, ou não? 
O “talvez”, talvez nos dê mais tempo para encontrar a paz.
é... talvez sim, talvez não.
A paz pode estar na esperança de vida 
ou na espera da morte. 
Pode estar na sorte, pode até ser forte 
ou sempre apontar para o norte... Quem pode saber?
  
A paz pode conter, pode estar contida, 
pode ser indolor ou pode até ser doída, 
mas se for paz, ser desejada, querida...
Pode ser um caminho ou mesmo um fim, 
pode estar em você, pode estar em mim.
  
Pode fugir, correr, se esconder, 
tal qual o menino que brinca nas ruas, 
pode ser de alguém, pode ser sua, 
pode ser tudo ou até nada ser.
  
Pode ser encontrada, pode ser perdida. 
Pode ser odiada, amada, desejada ou mesmo desprezada, 
só não pode quando se tem, 
deixar de ser vivida...
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