

mgenthbjpafa21
Gente entre gente, que não se pense que se sente o que outro sente, nem que se pressente para além do presente.
1965-05-01 Vitória, Porto
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Pequenez
Sou tão pouco que não consigo ser nada
Outros são nulidades assumidas, erroneidades,
Eu sou tão pouco que não chego a ser
Nada que toque a beleza, capacidade
Perspicácia, pertinácia, abrangência
E todas as qualidades das mulheres, mães.
No entanto absurdamente uma me terá dado à luz,
Pois reza a lenda, o costume, determina o paradigma,
Que o aglomerado como serei chamado assim se produz.
Sou uma emergência de um ventre atormentado,
E quem sabe terei sido reduzido a muito pouco,
Um muito pouco pequenino e soluçante, alguma coisa,
Pois aqui ainda estou, embora pouco, errado e isolado.
Sou muito pouco capaz de acabar com esta vida de bolso que me leva
Sempre para trás, contra a corrente, ofendendo a gente que presta.
Nem mau ou perverso uma vez terei sido considerado, qualidades
De trabalhador tão longe como grande e digno é o trabalho,
Eu ignobilmente irrisório.
Sou triste de uma tristeza pequenina que é ridícula para a mãezinha,
Procrastinador assumido em baixinhos tons de manipulador e aproveitador,
Sem ter precisado de seguir do ventre para qualquer lixeira ou ambiente
Que desse toque a esta pequenez, incompletude,
Deve ser divina.
Nasci pequeno e fútil a iludir os outros como trágica piada cósmica.
Outros são nulidades assumidas, erroneidades,
Eu sou tão pouco que não chego a ser
Nada que toque a beleza, capacidade
Perspicácia, pertinácia, abrangência
E todas as qualidades das mulheres, mães.
No entanto absurdamente uma me terá dado à luz,
Pois reza a lenda, o costume, determina o paradigma,
Que o aglomerado como serei chamado assim se produz.
Sou uma emergência de um ventre atormentado,
E quem sabe terei sido reduzido a muito pouco,
Um muito pouco pequenino e soluçante, alguma coisa,
Pois aqui ainda estou, embora pouco, errado e isolado.
Sou muito pouco capaz de acabar com esta vida de bolso que me leva
Sempre para trás, contra a corrente, ofendendo a gente que presta.
Nem mau ou perverso uma vez terei sido considerado, qualidades
De trabalhador tão longe como grande e digno é o trabalho,
Eu ignobilmente irrisório.
Sou triste de uma tristeza pequenina que é ridícula para a mãezinha,
Procrastinador assumido em baixinhos tons de manipulador e aproveitador,
Sem ter precisado de seguir do ventre para qualquer lixeira ou ambiente
Que desse toque a esta pequenez, incompletude,
Deve ser divina.
Nasci pequeno e fútil a iludir os outros como trágica piada cósmica.
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