mgenthbjpafa21

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Gente entre gente, que não se pense que se sente o que outro sente, nem que se pressente para além do presente.

1965-05-01 Vitória, Porto
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Alguns Poemas

Amargo de pais, país que fiz


Amargo de boca, e todo o céu da boca
Se solta de uma assentada, o pai teve, 
Sempre me manteve na sua esperança 
Pelas ruas das minhas agruras se conteve 
Sem criticar, a aconselhar, a gerir a tempestade 
Coisa ruim, pomba gira baixou, a mulher que amava
Quando a viu, esta partiu, já lá não estava

Não mais lar ou jantar, um campo de batalha 
Um lugar de confrontação, uma danação. 
Todos os dias de negrura em forma de malha,
Cânticos de guerra épica, triste canção, 
E poucos dos que sabem ainda cá estão. 

Assim fica o lamento do derrotado, vergado, 
A recordação daquele tempo embruxado,
Que as há, há, e uma,  ainda me encara
Me grita e amaldiçoa enquanto me ampara
Para sísifamente repetir o ciclo de valpúrgis
Porque tanto se usa os cornos do tinhoso
Que se veste a pele do lobo, segunda natureza 
Hábito interiorizado, espelho de Dorian Gray
Calendas perdidas, uma mandou, eu ajoelhei. 

Olhei e não tinha pernas, escutei as órbitas vazias,
Gritei com a laringe, que os dentes casaram com a língua
E migraram para um jazz club em Tribeca
Onde entoam, melodiosos, cantos do arco da velha,
Separados, livres da ovelha negra atada ao vodu 
Macumba de amarração, feitiço da inação. 

Sem forças Coriolis para me trazer a Monção 
Preso a este passado, sem mim ou redenção 
Ergo um facho de sombra e presto homenagem
A esta personagem travestida que me fita nas quebras 
De todos os espelhos de sete vezes três anos, estilhaços 
Acima do mar sem mim, erecto no promontório de nenhuns abraços. 

Órbitas vazias de olhos perdidos num dia negado e querido,
Ulular sincopado, lamento ignorado, época sem abrigo.


Se gostas de Walt Witmann

Se gostas de Walt Witmann, fazes um bom haiku,

És aberto na expressão, capaz de escrever cú,

Isso é a faca dos dois legumes, um puxa para a bandeira,

A vulgaridade, o outro que diz for I being poor, lança

Realmente a poesia aos vossos pés, só o que de si,

De tanta merda e prejuízo desta vida cheia de mal,


Esse ajoelha aos pés de quem merece e pede,

Ouçam as minha frases gastas, as palavras repetidas,

Porque palavras ao vento é como o absurdo de tomar banho,

Todos dias diferentes e assim iguais, Mesma merda, Diferente dia,

Como dizia o Stephen King (ssdd), com quem aprendi muito.


O mar que bate na rocha é o que sou, os meus poemas,

Envergonhados, vergados, escondidos, fora de tempo,

Eles não são o que eu sou e todavia um caminho para mim.

Erguem-se à volta minha interesses em mudar o que sou,



E esse muda como uma bola de bilhar, alterando o rumo

Cresce e apodrece como um bolbo de lírio azul, morre e vive

Dorme e acorda e ama todos vocês que me criticam

Vós que me desejam retorno dos defeitos tantos que tenho e carrego.


Minhas filhas, incríveis forças, sabem a minha fé

E vós hão dizer coisas que não projeto para este futuro


Cego enledo de amores perdidos.

Onde estão os raios dos sois amigos da melanina

Amiga morena, água morna da cachoeira,

As cobras de água em festa de verão, hoje melhor,


Amanhã lindo de morrer na praia, 

Praia do inferno, ponta do ardor deste pau

Que é o fim do coxasso e a antecipação da menina linda filha querida,

Melhor o sexo, mais querida a descendência. O resto é racionalização


Somos centelhas de coração selvagem num livro meio impresso,

Um vídeo meio postado, nunca será acabado, depois do fim vem os créditos,


E a raiva de viver acumulada acorda a fera preparada para enganar,

Pronta sem o saber, a reagir parada, a fazer amor num olhar decidido

Pronto para roubar se assim for o blues a tocar, insanamente.

Nós somos ladrões sem ocasião, a natureza de querer o alheio está no sangue.


E olhamos as estrelas sem querer saber, só bebemos a beleza do cintilar,

Uma noite de lua nova e as estrelas aos milhares, erguidas no alto do mar.

As crianças a crescer, as mulheres a mandar, a roda a girar, eu que vou parar.

Por ora não interessa quem sou, que entenda a/o ?! Outr/a/o. Peço desculpa por postar escritas toscas, textos mal editados ou nem revistos. Parte da minha escrita fora da nuvem., formatei-a num ssd...😂😢🤗 A plataforma é rápida. Sem sequência ou ordem de assunto. A cronologia: nem sempre é clara a data real, por isso a não incluo. Gente entre gente, que não se pense que se sente o que outro sente, nem que se pressente para além do presente. Só me retrato por tanta falta de critério e qualidade. A verdade é que alguns dos que mais prezo não serão incluídos para já. Uso também um novo repositório para a língua inglesa, idioma que tenho vindo a usar por vários motivos, e.g. (https://www.poeticous.com/m-genth ) Embora quase não escreva em espanhol e francês, uso um site espanhol que considero, entre outros. Não posso aquilatar exactamente o que perdi, dado que....blá blá blá. Quando encontrar uma ordem e decidir se quero incluir algo pessoal além das iniciais cruzadas, ou pseudónimo/fotografia. Atentos cumprimentos a todos os que mantêm, participam e contribuem para este repositório de escritas, as melhores, e todos os que chegaram. Obrigado
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nilza_azzi
Contra plágio também é uma maneira de dizer e não dizer. Muito obrigada pelo comentário em meu poema.
17/agosto/2019

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