Saudade
Que doce enleio ronda a minha porta
- Voz na distância feita saudade!
Que fina brisa vem de longe e corta
As muralhas da minha saudade!
Vejo-te ausente e fitas-me absorta
Pensas talvez que o teu menino há-de
Andar ao frio. E lá pela noite morta
Cuidas ouvir a voz da tempestade
E vens, pé ante pé, leve, palpando
Aconchegar a roupa, enternecida,
Saber se o teu filhinho dorme bem ...
Santa velhinha que me estás fitando,
Aquém da morte e mesmo além da vida
Tu serás sempre, sempre, a minha mãe.
- Voz na distância feita saudade!
Que fina brisa vem de longe e corta
As muralhas da minha saudade!
Vejo-te ausente e fitas-me absorta
Pensas talvez que o teu menino há-de
Andar ao frio. E lá pela noite morta
Cuidas ouvir a voz da tempestade
E vens, pé ante pé, leve, palpando
Aconchegar a roupa, enternecida,
Saber se o teu filhinho dorme bem ...
Santa velhinha que me estás fitando,
Aquém da morte e mesmo além da vida
Tu serás sempre, sempre, a minha mãe.
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