Canção da esperança

Céu de cinza, meu imo se penumbra
A chuva cai, minhalma lacrimeja
O bem perto tem ares do bem longe
Meu pensamento, célere, voeja

Retalhos de lembranças vou juntado
Pedaços de conversa reunindo
E HOJE, bem desperto, acorda o ONTEM
Que dentro de meu ser vive dormindo

O afago ao distante em mim renasce
Na mudez infinita, mas presente
Dos olhos, num ligeiro garoar

Chuva, não chova! Pare! Vá embora!
E no longe, onde tudo é seco agora
A canção da esperança vá cantar

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