Luís Caeiro

poeta português

Pavia
2007
1764
0
0

Escondido entre o arvoredo

Vejo escondido entre o arvoredo,
Mulheres banhando-se no rio.
Vestidas de nada, nuas, sem medo,
Aquece-as o sol, esquece-lhes o frio.

Invejo o rio que numa carícia,
Afaga todos os seus recantos.
Cresce em mim uma malícia,
Perco-me a fitar os seus encantos.

Banham-se, brincam e gracejam,
Cantam melodias de encantar.
Ainda sinto que ali estejam,
Mesmo depois de acordar.

520
1


Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores