David Mestre

poeta português

Loures
1998 Almada
6042
1
1

Que outro nome

Que rio se pode
abrir na língua acesa
para o capim crepitando
baixo. Que palavra
por ele nasce

e corre corre a lua
e outra lua sem que regresse
ao corpo. Que outro nome
te demos
vestida e no escuro desposada.

Liberdade.

Que tempo de
ocultar o nome sabíamos
perder e nem

de moscardo zumbias: Ngola

nosso pouco maruvo eras
no terreiro anunciada.

Liberdade.

Quem das copas pronuncia
os teus lábios na terra? Nzambi
neles tivesse
mordiscado leve.

Liberdade.

651
0


Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores