POEMA PARA O FILHO QUE SE CASA
Que este sonho inaugurado
Em tua carne, em teus atos,
Não se dissolva, abstrato,
Ao contacto dos cactos.
Que este intervalo de orvalho
Em seu sorriso espelhado,
Mesmo exaurido, restaure
Futuras noites de barro.
E nas urgências vividas
Em teu sonhar acordado,
Um pouco, muito persista
Desta brasa, desta brisa.
Que no sonho consumado
Nos embaraços dos laços,
Reste um desfrute de vida
Como fruto da saudade.
Em tua carne, em teus atos,
Não se dissolva, abstrato,
Ao contacto dos cactos.
Que este intervalo de orvalho
Em seu sorriso espelhado,
Mesmo exaurido, restaure
Futuras noites de barro.
E nas urgências vividas
Em teu sonhar acordado,
Um pouco, muito persista
Desta brasa, desta brisa.
Que no sonho consumado
Nos embaraços dos laços,
Reste um desfrute de vida
Como fruto da saudade.
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